O que é o Corpo Etérico?
O corpo etérico, ou corpo etéreo, vital ou energético, são nomes dados a um corpo mais sutil do ser humano, mas ainda próximo da matéria.
As pesquisas sobre ele no
ocidente começaram a ser mais intensas a partir do desenvolvimento do movimento
teosófico do final do século XIX.
A base para as teorias e estudos
sobre o o corpo etérico estão nas religiões, filosofias e práticas místicas
orientais e da antiga Grécia.
Pode-se dizer que é o primeiro e o mais baixo nível no campo energético do ser humano. Engloba a energia colorida e maleável que existe à nossa volta e que é chamada de aura.
Uma de suas funções seria a de organizar e estruturar o corpo físico, ajudando na manutenção das funções vitais.
Significado do termo e história
O adjetivo etérico refere-se ao elemento clássico conhecido na Grécia antiga como éter, um elemento sutil e incorruptível respirado pelos deuses olímpicos.
Também foi objeto de estudo da
física platônica e aristotélica, que o contava junto com os outros quatro já
são conhecidos, ou seja, terra, água, ar e fogo. O éter seria o mais sutil dos
cinco
O conceito continuou a ser usado
nas teorias científicas vitorianas do século XIX para explicar a propagação da
luz, sendo assimilado a um produto químico.
O termo éter depois reaparece nos
escritos teosóficos de Madame Blavatsky, mas seu uso foi formalizado por seus
seguidores Charles Webster Leadbeater e Annie Besant.
Há escolas e doutrinas
espiritualistas que chamam o corpo etérico também de perispírito. Ou seja, é o
órgão mediador entre as percepções dos sentidos e a mente espiritual do homem.
Ou o chamam então de duplo etérico, sendo basicamente uma duplicata mais sutil do corpo físico. Os chakras estão localizados nele.
O corpo etérico segundo a Teosofia
e as tradições da Índia
Segundo os teosofistas, o corpo
etérico se forma no momento da
encarnação, a partir de uma dimensão que eles chamam de plano etérico, superior
ao físico: para a Teosofia, é uma matéria extremamente rarefeita e sutil.
O éter foi definido em referência
ao sistema metafísico da Índia, aproximando-o ao termo prana, que significa “respiração vital”.
Esse corpo constitui um dos
envelopes sutis (kosha) do espírito humano. no campo do pensamento da filosofia
indiana do Vedanta.
O Prana em particular seria esse
tipo de energia funcional para nutrir a dimensão psíquica, que por sua vez
nutre o corpo físico.
O corpo etérico segundo o
cristianismo e o judaísmo
Na tradição cristã ocidental, o corpo etérico pode ser associado ao termo grego Soma usado por Paulo de Tarso para indicar a parte vital e incorruptível do corpo humano, enquanto com o termo Sarx ele indicava seu aspecto material e mortal.
No sistema da Cabala Hebraica, é frequentemente relacionado ao nephesh, e entre as Sephiroth da árvore da vida a Yesod.
O corpo etérico segundo Rudolf Steiner.
Rudolf Steiner, inicialmente um seguidor da teosofia e mais tarde fundador da antroposofia, ao se propor a investigar a evolução humana e cósmica com a abordagem rigorosa de uma “ciência espiritual”, frequentemente descrevia o corpo etérico (em alemão Ätherleib) como o envelope que contém o forças formativas do organismo humano.
Segundo Steiner, para uma pessoa com clarividência, ele teria a cor padrão de uma flor de pêssego.
Chamando-o também de “corpo vital”, Steiner o considera essencialmente como aquele veículo que dá vitalidade ao organismo.
Ele o associa, embora com muitas
distinções, ao conceito de força vital de que os cientistas falavam na primeira
metade do século XIX.
O corpo etérico segundo os
Rosa-Cruzes
De acordo com os escritos rosacruzes
de Max Heindel, o corpo etérico é uma contraparte exata de nosso corpo físico,
molécula por molécula e órgão por órgão, mas de polaridade oposta.
É um pouco maior, estendendo-se
aproximadamente um centímetro e meio além da periferia do corpo físico. É a
porta de entrada para o poder do Sol e o campo em que os elementais da natureza
operam.
Eles promovem atividades como
assimilação, crescimento e propagação. É então chamado também de “corpo vital.”
Segundo a doutrina rosa-cruz, a capacidade reprodutiva e especificamente sexual também provém do corpo etérico. Ela começa no nível energético. Enquanto os desejos relacionados a essa esfera emanam do corpo astral.
Uma diferença em relação ao corpo
físico é que, nos homens, o corpo etérico seria feminino, enquanto que nas
mulheres, onde o fenômeno é revertido, seria masculino. Tudo por uma questão de
magnetismo e polaridade.
Funções e características do
corpo etérico
A separação do corpo etérico do
físico é o que, de fato, no plano visível, determina a morte. Quando o corpo
etérico se desintegra e suas partículas se separam do corpo físico, não há mais
molde e sustentação para nutrir e manter os órgãos do corpo material.
O aparecimento de uma doença é
igualmente determinado pela falta de proteção do corpo etérico, no qual residem
as forças naturais de cura e autocura, anteriormente chamadas por Hipócrates vis
medicatrix naturae, ou seja, o caminho de cura da natureza.
Por exemplo, quando se tem um
câncer, ele primeiro vai se manifestar como um defeito no plano etérico, para
depois atacar o físico. E o mesmo se aplica a uma doença do coração, por
exemplo.
A menos que ocorra um acidente
muito grave e de forte impacto que danifique um ou mais órgãos do corpo físico,
as doenças sempre começam em um nível mais sutil.
Plantas e animais também possuem corpos etéricos, mas mais simples do que os do ser humano. Também possuem chakras e nadis e meridianos, estes dois últimos os canais das energias sutis que percorrem o corpo etérico, e que são estudados no yoga e na acupuntura.
A necessidade de dormir todas as
noites, por sua vez, se deve ao fato de que o corpo astral consome o corpo
físico do homem durante o dia, fazendo com que ele fique predisposto a doenças.
Assim, à noite é preciso que o
corpo astral se separe do corpo físico.
O corpo físico permanece na cama ligado ao corpo etérico, que trabalha para restaurar suas forças e energias.
Sensações relacionadas ao corpo etérico.
Uma das sensações detectáveis e
perceptíveis do corpo etérico é a sensação de formigamento que às vezes é
sentida quando um membro permanece entorpecido devido à falta de suprimento
sanguíneo após ficar numa posição incorreta.
Ocorre então essa sensação também
devido a um distanciamento parcial entre os corpos etérico e físico.
O mesmo pode ser sentido no
momento da morte, quando esses dois corpos, que no decorrer da vida sempre
permaneceram bem conectados, se separam.
Quando se dá a paralisia do
físico, abandonado pelo etérico, a parada do coração e dos pulmões pode gerar
uma espécie de asfixia acompanhada de imenso terror, se a pessoa não estiver
preparada para a passagem.
Como perceber o corpo etérico e o
plano etérico
A observação do corpo etérico
pode ocorrer, de acordo com os ensinamentos teosóficos, quando é possível
ativar o chamado “terceiro olho”. Ou seja, quando é aberto o chakra da visão.
Abrir esse chakra também pode
permitir a visão de seres conhecidos como Devas.
Estes seriam os espíritos
encarregados de guiar a evolução e o crescimento das plantas. Residiriam nas
atmosferas dos planetas ou do Sol.
Geoffrey Hodson foi um místico
que, guiado por sua própria clarividência, retratou a aura etérica desses
seres, cuja aparência ilustrada é semelhante a enormes chamas coloridas.
Os Devas e os Anjos, de acordo
com a teosofia, têm vários corpos áuricos, muito elevados, mas não têm corpos
físicos. Estão imersos na dimensão etérica, onde também circulam os elementais
ou espíritos da natureza, conhecidos como gnomos, ondinas, sílfides,
salamandras e fadas.
Seres que também podem ser vistos
se o terceiro olho for ativado.
Como fazer isso? Através da
prática de exercícios espirituais, da meditação e da oração.
Esse é o caminho para se conhecer realmente não só o corpo etérico, mas todos os diversos corpos da existência humana.
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