maio 26, 2020

Viagem Astral – Robert Monroe e as viagens astrais

Viagem Astral - Robert Monroe e as viagens astrais

Já ouviu falar em viagem astral? E sobre quem foi Robert Monroe?

Robert Monroe, um grande buscador espiritual, descreveu em seus livros centenas de maravilhosas jornadas astrais, jornadas de consciência para e além de outro mundo, um mundo imensamente maior do que aquele em que vivemos, um mundo infinito.

Monroe foi um grande pioneiro na pesquisa e no estudo das viagens astrais, da também assim chamada projeção de consciência.

Cada viagem astral individual de Monroe podia durar de alguns segundos a muitas horas, e podia ser o resultado de um esforço voluntário ou de um episódio espontâneo.

A existência de um mundo não físico e de outras dimensões, e a interação da consciência com tudo isso, parece para alguns algo impossível.

Mas mesmo aqueles que são céticos admitem, pelo menos na imaginação, que seria fascinante um lugar onde tudo pode existir, assim como na viagem astral. E ficam imaginando como seria realmente um lugar onde cada esquina é simultaneamente um pequeno pensamento e um imenso universo, onde o tempo parece não existir, porque todo momento pode ser eterno. Onde só há o presente.

Viagem Astral: O mundo astral e o corpo astral

Quando tinha por volta de quarenta anos, Robert Monroe começou a experimentar estados alterados de consciência, o que mais tarde o levaria a mudar completamente seus conceitos sobre a ciência e sobre Deus, a ver a vida e a natureza do homem de um ponto de vista absolutamente diferente.

Pesquisando e estudando todos os vestígios de fenômenos semelhantes a viagem astral na história e na literatura do homem, ele descobriu que nas culturas de diferentes povos sempre havia referências mais ou menos explícitas à viagem astral e ao corpo astral.

Para entender essas experiências, Monroe manteve desde o início, desde os primeiros episódios, uma atitude rigorosa, desapegada e até cética. Ele procurou a ajuda de alguns estudiosos de mente aberta, com quem ele poderia embarcar em um caminho de estudo desses fenômenos, desenvolvendo metodologias apropriadas para esse fim.

Só que a comunidade científica, da qual ele queria aceitação, desprezava abertamente os fenômenos de viagem astral e a tentativa de investigá-los. Monroe não estava procurando pseudocientistas, que abraçam teses imaginativas ou que estão dispostos a apoiar os delírios de um visionário. Ele desejava obter um relato científico sério e sem margem para dúvidas que demonstrasse a veracidade desses estados de consciência tão peculiares. Portanto, ele se deixou submeter pessoalmente a várias investigações e testes para chegar ao resultado desejado.

Viagem Astral: Energia vibracional e projeção astral

Robert Monroe começou a viver suas maravilhosas experiências no mundo astral: na fase de relaxamento, pouco antes de adormecer, ele entrava espontaneamente em um estado que chamou de “vibracional”, durante o qual todo o seu corpo físico era percorrido por uma poderosa vibração energética. Uma onda que ressoava de uma parte do corpo para outra com força crescente, até que sua consciência era capaz de se projetar fora do corpo.

Nesse ponto, ele, ou melhor, seu espírito, não estava mais no corpo físico, que, no entanto, permanecia adormecido, como se fosse o corpo de outra pessoa. Monroe estava e se sentia fora, como se estivesse suspenso. Ele voou e flutuou, impulsionado às vezes pelo pensamento e às vezes por emoções inconscientes.

Monroe chamou esse corpo sutil de segundo corpo, ou de corpo astral, sempre comentado em muitas culturas, religiões, filosofias e escolas de pensamento. Um corpo invisível, que, como se sofresse a ação da magia mais inimaginável, voa e se teleporta de um lugar para outro em um instante (viagem astral).

Viagem Astral: Os primeiros “sintomas”

Na primavera de 1958, Robert Monroe começou a ter os primeiros “sintomas” inexplicáveis relacionados a esses fenômenos de separação, que a partir de então nunca mais o abandonariam. À noite, enquanto adormecia, ou mesmo durante o dia, às vezes durante uma soneca da tarde, ele sentia fortes vibrações por todo o corpo. Não se tratava de calafrios ou tremores físicos, mas de uma espécie de corrente elétrica que penetrava lentamente em seu corpo, não o deixando dormir.

Essa corrente ou vibração o guiava para essas experiências únicas, com a saída da consciência fora do corpo físico. Apesar disso, desde suas primeiras experiências fora do corpo – em inglês Out of Body Experiences ou OBE – Monroe manteve uma atitude equilibrada e racional. Sua primeira reação natural foi, de fato, perguntar a si mesmo, se por acaso, ele estava doente ou estava tendo alucinações.

Obviamente, não faltaram diagnósticos fáceis, como “você anda trabalhando demais e está cansado” e, consequentemente, as soluções fáceis, como “descanso”, “emagrecimento” etc. Todas as respostas que no geral foram apenas uma incapacidade de lidar com o dilema por parte daqueles que o examinaram. Mas Monroe não desistiu e embarcou em um caminho baseado em investigações pessoais, chegando a um tipo de estudo científico desses fenômenos, que certamente pode ser considerado rigoroso, com base em centenas de testes e experimentos, também realizados com a ajuda de acadêmicos e cientistas reconhecidos.

Só que esse campo de estudo naqueles anos era completamente novo no Ocidente e, portanto, precisava de metodologias especiais de investigação. O que deve ser especificado é que, naquela época, as OBEs e todos os fenômenos relacionados no mundo ocidental ainda eram considerados fatos estranhos ou no mínimo subjetivos, como fantasias de místicos, visões etc.

Em seu livro “Minhas viagens fora do corpo”, Monroe descreve fielmente dezenas de experiências que viveu: desde os primeiros episódios de 1958 até os testes que vieram depois, indo até 1964. Nas reflexões pessoais do livro, temos as impressões relatadas após cada experiência. Também há a descrição dos métodos de preparação para realizar alguns testes. Que muitas vezes foram feitos, como já foi dito, com a supervisão de médicos interessados no fenômeno. Esses testes visavam obter evidências objetivas sobre a veracidade desses episódios, ou seja, demonstrar como eles não eram simples sonhos, mas movimentos reais da consciência fora do corpo físico.

Certa noite, Monroe teve um estranho sonho. Ele estava deitado em sua cama, incapaz de dormir. Mais uma vez, as vibrações habituais que o perturbavam há meses se manifestaram fortemente. Sua esposa dormiu ao lado dele e, do lado de fora da janela, viu a paisagem enluarada. Ele se sentiu perfeitamente consciente. Com o braço pendurado parcialmente fora da cama, ele tentou “estender a mão” até tocar os cobertas no canto da cama. Então o que parecia impossível aconteceu: ele empurrou levemente os dedos contra as cobertas e, após uma sensação inicial de resistência, eles cruzaram o tecido e a madeira da cama, atingindo o chão.

Movido pela curiosidade, ele tentou estender ainda mais o braço e, para sua surpresa, sentiu que a mão também atravessava o chão, percebendo sua consistência áspera. Esticou-se ainda mais e teve a sensação de que todo o braço estava atravessando o chão agora, até chegar ao piso do térreo, atingindo o porão. Ali ele parou em uma poça de água, tendo a nítida sensação de mover os dedos na água.

De repente, tomado pelo medo de não conseguir recuperar o braço, ele o retirou de repente, enquanto as vibrações desapareciam imediatamente. Ele ficou espantado, acendendo a luz para verificar a mão e ver se, por acaso, estava úmida, mas não notou nada de incomum, a mão estava perfeitamente seca e na sala tudo estava em seu lugar. Era como se ele estivesse sonhando acordado, mas o sonho parecia ser a realidade!

Animado e intrigado com o que aconteceu, na manhã seguinte, Monroe pretendia fazer um buraco no piso do térreo, para verificar se realmente havia água no porão abaixo. Desse modo, encontraria evidências objetivas que confirmariam que o que ele havia vivido não tinha sido um sonho. No entanto, o senso comum sugeria que ele evitasse usar um sistema de investigação tão destrutivo, porque poderia causar danos á casa, e caro. Em vez disso, ele se propôs a repetir o experimento na seguinte oportunidade, procurando evidências da realidade do fenômeno com sistemas mais práticos e baratos.

Este foi um dos primeiros episódios descritos por Monroe, em seu livro “Minhas viagens fora do corpo.” Foi precisamente após esses primeiros eventos que ele decidiu empreender uma investigação científica real relacionada a esses fenômenos.

Em suma, no começo ele teve que superar medos, tanto por sua saúde como pelo espanto que as experiências poderiam provocar. No entanto, com a repetição das experiências, ele adquiriu maior familiaridade e controle, até se tornar um experimentador de si mesmo. Foi graças a essa atitude rigorosa que o trabalho de Monroe despertou certo interesse ao longo do tempo, mesmo entre os céticos, que inicialmente não o levavam em consideração.

Monroe é um exemplo para os buscadores espiritualistas e é provável que ainda voltaremos a falar dele por aqui. Enquanto isso, fica a recomendação de sua obra.

Ela certamente ajudará e muito qualquer buscador a dar um passo à frente em sua jornada espiritual, especialmente no que diz respeito às viagens astrais. Boa leitura e boa viagem!

Obras de Robert Monroe:

  • A última jornada
  • Viagens além do Universo
  • Viagens fora do corpo

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Marcello Salvaggio
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Marcello Salvaggio


Sou escritor e pesquisador nas áreas da religião, da literatura, do misticismo e da história.
Considero a espiritualidade a chave fundamental para o entendimento de nossas vidas, para encontrarmos o verdadeiro sentido de nossa existência, e todo meu trabalho é orientado nesse sentido.
Tenho livros publicados no Brasil e na Itália e sou formado em Letras pela USP e auricoloterapia pelo instituto EOMA, escola especializada em acupuntura e em outros ramos da medicina tradicional chinesa.
No campo da terapia e do aconselhamento, considero essenciais a empatia e o respeito ao livre-arbítrio alheio.


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