Qual a relação entre o Solstício de Verão, o Natal e o signo de Capricórnio?
No dia 22 de dezembro de 2019 ocorre o Solstício de Verão no hemisfério sul. Um fenômeno que marca o início da estação mais quente do ano. Além disso, também indica o início do período do signo de Capricórnio na astrologia e tem relação direta com a festa de Natal, antes praticada por ancestrais pagãos. É um momento vibracional muito forte – ideal para você renovar e expandir suas energias.
O que é um Solstício de Verão?
A palavra tem origem no latim ‘solstitius’ e significa “parada do sol”. Intimamente ligado aos movimentos de rotação e translação do planeta Terra, ele ocorre duas vezes durante o ano.
Enquanto, nós, aqui no hemisfério sul, em 21 de junho, assistimos ao solstício de inverno (noite mais longa do ano), os habitantes do hemisfério norte estão passando pelo de verão (dia mais longo do ano).
Em 21 de dezembro, a situação se inverte. Nos polos ocorre diferente: eles têm 24 horas de escuridão ou de claridade.
A explicação científica para esse fenômeno é que há um alinhamento entre a Terra e o Sol, no qual nosso planeta recebe mais raios solares em um hemisfério. Ou seja, O solstício de verão é o momento em que o astro-rei está mais próximo de nós.
A Litha pagã
Este era o momento de agradecer aos deuses pela farta colheita e de pedir o desenvolvimento da nova plantação. Os Celtas e os Druidas, no hemisfério norte, celebravam este momento especial com um festival – que se iniciava de dia e seguia durante a noite.
Neste dia, os bruxos colhiam ervas e orvalho para fazer suas poções e rituais de cura, pois acreditavam que as plantas estavam mais poderosas.
Era o dia mais sagrado do ano. A este evento dava-se o nome de Litha. Este nome tem origem derivada da palavra megalitos – do grego mega (grande) e lithos (pedra) -, que denomina as construções que estes povos fizeram para reverenciar o sol.
Existem até hoje vários monumentos dispostos de forma a se alinharem com a trajetória do sol no solstício de verão. Isso ocorre, por exemplo, com a Pirâmide de Kukulcán e a Pirâmide do Sol (ambas no México), com as Estátuas da Ilha de Páscoa, com algumas pirâmides no Egito, com o Complexo de Baalbak (no Líbano), com Newgrange (na Irlanda), com o monumento de Alcalar (em Portugal), entre outros.
Mas, sem dúvida, o monumento de Stonehenge, construído há mais de 4 mil anos, na Inglaterra, é o maior e o mais conhecido de todos. Ele foi projetado especialmente para acompanhar os solstícios.
O solstício de verão também era comemorado na Grécia (Dia dos Casais), no País de Gales (Festa de Epona), na Escandinávia (Thing-Tide) e nos Estados Unidos (Dança do Sol).
Capricórnio e o solstício de verão
O Império Romano realizava a Mithra, inspirados nas Saturnálias persas, que era uma festa honrando o deus Saturno e o Sol Invictus (o “sol invencível”). Vale relacionar que o planeta Saturno é o regente do signo de Capricórnio, cujo início se dá em 22 de dezembro e o término em 20 de janeiro.
O Natal
Com o passar dos anos, o desenvolvimento das cidades, as conquistas de territórios, a miscigenação das culturas e a expansão do Cristianismo, as religiões pagãs perderam a força. Mas a data e festa continuaram a ser comemoradas.
Com a criação do Catolicismo, em 325 d.C., pelo imperador Constantino, passou-se a comemorar o nascimento de Jesus. A esta festa, que tem suas raízes e tradições na Litha, dá-se o nome de Natal.
Durante o solstício de inverno no hemisfério norte, os povos antigos acendiam grandes fogueiras e tochas para iluminar a noite mais longa do ano e faziam oferendas aos deuses. Eles também decoravam pinheiros. Hoje, continuamos com esta tradição, só que o fogo deu lugar a centenas de micro-lâmpadas coloridas.
As casas eram decoradas com ramos verdes. Semelhantes a estes artificiais, que nos penduramos em nossas portas e conhecemos como guirlandas. Durante a festa bebia-se Hidromel para esquentar o corpo e havia muita fartura de comida – principalmente, doces feitos com maçã e canela. Nosso Natal ainda mantém muitas raízes pagãs.
O poder místico do sol
Durante o evento astronômico, a energia solar está mais forte e permite a manifestação de tudo que é verdadeiro e exalta a nossa autoconfiança, disposição e expressão. Esse é o momento de agradecer pelas conquistas, pedir desculpas pelos erros, desfazer-se da carga negativa e fazer pedidos pelo ciclo que inicia.
Pense positivo! Aproveite este período, principalmente por ele estar próximo a passagem de ano no calendário, e trace seus projetos, metas e objetivos. Quem planta e cultiva, colhe os melhores frutos.
O Ritual de Litha era muito poderoso. Era realizado pelos povos antigos com oferendas de comidas e presentes (como abacaxi, banana, laranja, pão de centeio, cerveja e hidromel). O ritual era conduzido pelos sacerdotes de alto grau.
Faça seu amuleto
Você pode aproveitar essa data especial para energizar um amuleto para utilizar nos próximos 12 meses. Pode ser a pedra do seu signo ou algum objeto que você considera de sorte. Deixe-o durante todo o dia e toda a noite, em 21 de dezembro, na janela, fazendo com que ele receba a luz e a energia do sol e da lua. Depois, é só mantê-lo consigo durante o ano.
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