
Ser Cigano: a habilidade de ser livre e feliz
Os Povos Ciganos são por natureza alegres, pois vivem em liberdade. São fortes, leais, amam sua comunidade, respeitam e valorizam o conhecimento e a experiência dos anciões e ancestrais.
Por seu contato próximo, respeitam a natureza e suas forças. Reconhecem na Mãe Terra uma fonte de prazer, alegria, abundância, acolhimento e sustento.
Ser cigano é dar valor à tradição e ao mesmo tempo ao movimento, é ser dinâmico e olhar para o futuro sem se desligar do passado e de sua importância e valor.
O Povo Cigano é ainda hoje malvisto por aqueles que vivem presos aos padrões de uma sociedade que cultua o ter, o acumular bens, poder e status.
Sim, essas coisas que aprisionam e distanciam o Ser da sua verdadeira essência, do seu núcleo espiritual.
O ser cigano, a essência cigana, é ser livre, O Cigano prefere se sentar no chão à frente de uma fogueira a se sentar em um belo salão em uma poltrona ou trono. Pois sentado no chão batido, a Terra é seu trono, e o Céu e as estrelas são o seu teto. Na simplicidade reside a realeza verdadeira.
Há sim o gosto pelo belo. Uma cigana gosta de joias, fitas, adereços, vestidos, assim como o cigano gosta de sua adaga adornada e de suas botas ajeitadas, mas isso não os prende e não os torna materialistas.
Não é o ter que os impressiona e os encanta, mas o ser, e eles expressam esse ser também através desses objetos, que apontam para o que significa ser cigano.
A Cigana sabe encontrar nas forças da natureza sua medicina e a cura para seu povo. O contato livre e puro com essas forças naturais produz a Magia Cigana, à qual seu povo recorre sempre que necessita.
Trazendo o conhecimento de muitas gerações e espalhados por muitas regiões do planeta, o Povo Cigano é exímio conhecedor dos oráculos e das magias.
Existem diversas práticas, como a leitura de mãos, a leitura de cartas ciganas, o Baralho Cigano, a magia com os elementos da natureza; tudo isso faz parte do dia a dia dessa feliz comunidade.
A fé em Santa Sara Kali, padroeira do Povo Cigano, é muito festejada, sempre com fogueiras, música, danças, comidas e, é claro, muita alegria. Quem nunca participou de uma festa cigana não sabe o que está perdendo, mas estejam preparados, pois a festa só termina quando o Sol nascer. Isso se não derem uma esticadinha a mais!
Vou levantar uma polêmica aqui, que para mim faz sentido, mas não precisam concordar comigo, tudo bem?
Pelas histórias de seu surgimento, e pelo fato da cor de pele de Santa Sara não ser a caucasiana tradicional da religião romana que dominava a Europa, e ser em vez disso de um tom mais ajustado a alguém do Oriente Médio, há algumas correntes e linhas de conhecimento que defendem que Santa Sara Kali seria Maria Madalena, que, após a crucificação de Jesus e para fugir da perseguição de Roma, escapou para o sul da França.
Considerando onde Maria Madalena nasceu, a representação dela como uma mulher branca tende a ser, afinal, errada, já que seria uma mulher com um aspecto mais parecido ao dos sírios e ao de outros povos do oriente próximo.
Temos que nos lembrar que os judeus dos tempos antigos que residiam em Israel tinham outra aparência em relação à época atual. Não havia ocorrido a diáspora, a fuga dos judeus de sua terra, então nada de misturas com os povos do norte da Europa, o que iria tornar mais clara a pele de muitos judeus.
O que o povo Cigano leva consigo em seu coração e em sua carroça?
Podemos destacar aqui algumas coisas fundamentais:
FELICIDADE – um campo aberto, um luar, um violão, uma fogueira, o canto do sabiá e a magia de uma cigana.
ORGULHO – é saber que nunca participamos de guerras e nunca nos armamos para matar nossos semelhantes. Somos os menestréis da paz. O povo cigano sempre foi um povo pacífico.
AMOR – amar é vivermos em comunidade, é repartir o pão, nossas alegrias e até nossas aflições.
LEALDADE – é não abandonar nossos irmãos quando precisam. É nunca negar o ombro amigo, a mão forte e o incentivo à vida.
RIQUEZA – é termos o suficiente para seguirmos pela estrada da vida. Não precisamos de excessos e de luxo.
NOBREZA –é fazermos da humilhação um incentivo ao perdão.
HUMILDADE – é não se importar em ser súdito ou nobre, é importar-se apenas em saber servir.
O Povo Cigano é livre e feliz, pois é um povo que vive em harmonia com a Mãe Terra.
Ser cigano é respeitar a herança de seu povo e respeitar seus irmãos. É respeitar o passado e viver o presente.
Ser cigano é:
O céu é meu teto…
O chão é minha Pátria…
E a Liberdade é minha Religião.
A Natureza é minha Mãe.
O Universo é meu Caminho.
A Eternidade é meu Reino.
A Imortalidade é minha Vida.
A Mente é meu Lar.
O Coração é meu Templo.
A Verdade é meu Culto.
O Amor é minha Lei.
A Forma em si é minha Manifestação.
A Consciência é meu Guia.
A Paz é meu Abrigo.
A Experiência é minha Escola.
O Obstáculo é minha Lição.
A Dificuldade é meu Estímulo.
A Alegria é meu Cântico.
A Dor é meu Aviso.
A Luz é minha Realização.
O Trabalho é minha Bênção.
O Amigo é meu Companheiro.
O Adversário é meu Instrutor.
O Próximo é meu Irmão.
A Luta é minha Oportunidade.
O Passado é minha Advertência.
O Presente é minha Realidade.
O Futuro é minha Promessa.
O Equilíbrio é minha Atitude.
A Ordem é minha Senha.
A Beleza é meu Ideal.
A perfeição é meu Destino.
Salve o Povo Cigano!
Salve Santa Sara!
Salve a Linha do Oriente!
OPTCHÁ
Com dúvidas sobre sua vida amorosa?
Não tem certeza sobre o que esperar do futuro?
Você e seu amor vão voltar?
Faça uma consulta com nossos colaboradores e traga a paz de volta à sua vida!