Palavras-chave:
* Corpos sutis
* Plano astral
* Projeção Astral
* Esoterismo
* Projeciologia
O corpo astral
O corpo astral, também chamado corpo emocional, é a sede das emoções e dos desejos. Sempre que experimentamos uma emoção, a percebemos em nosso corpo físico, mas, na realidade, é gerada no corpo astral, apenas para ser posteriormente transferida para o corpo físico, quando chega ao nosso cérebro.
É o cérebro que traduz as informações vindas do astral, que, no entanto, são originadas em outro plano.
É o corpo usado nas viagens astrais.
A estrutura do corpo astral
O corpo astral se manifesta no plano de mesmo nome e sua matéria é dividida em 7 subplanos.
Começando no subplano mais baixo, encontramos a matéria mais grosseira e menos pura. Temos aqui os infernos das diferentes tradições religiosas. Ou o umbral do espiritismo. Planos inferiores onde eventualmente podem descer seres de luz para ajudar espíritos que sofrem.
Em certas camadas desse astral inferior, há também cidades ou centro de auxílio. Como é o caso do Nosso Lar da doutrina espírita.
Nas camadas mais baixas, vivem os seres que conhecemos como demônios.
Já à medida que você sobe aos subplanos mais altos, a matéria espiritual assume vibrações mais sutis e mais altas.
Cada emoção corresponde a um grau de matéria; portanto, dependendo da emoção que sentimos, o corpo astral agregará a matéria correspondente a essas emoções.
Se experimentarmos emoções baixas, como ódio, inveja ou ciúme, o corpo astral vibrará nos subplanos inferiores.
Vice-versa, se experienciarmos emoções superiores, como amor e compaixão, ele agregará a matéria mais fina dos subplanos superiores.
Corpo Astral: A vida no plano astral
O plano astral está conectado ao mundo dos sonhos. Nem todos os sonhos podem ser associados a experiências no astral, mas muitos podem sim ser experiências vividas neste plano.
Se um corpo astral é bem desenvolvido, as experiências inconscientes são transferidas para a memória física do cérebro e podemos lembrá-las.
Às vezes, sonhos muito vívidos, nos quais visitamos lugares distantes, são jornadas astrais reais.
De fato, durante o sono, o corpo astral se destaca do físico e flutua acima dele. Os dois corpos permanecem conectados através do cordão de prata, que se desfaz somente em caso de morte.
O corpo astral está relacionado à criação de formas de pensamento. Geralmente, estas últimas se originam no plano mental, mas se o pensamento é caracterizado por uma forma mínima de desejo, ainda que mínima, ele também é revestido com essência astral elementar.
Novamente o mecanismo é o mesmo que para as emoções. Se nossos pensamentos e desejos são baixos, serão criadas formas de pensamento que atuarão nos subplanos inferiores. Isso afetará negativamente os corpos astrais dos homens que estão nesses subplanos.
Além de corresponder a uma frequência vibracional na matéria, as emoções também se manifestam através das cores.
Aos olhos do clarividente, o corpo astral é uma massa disforme de partículas que mudam continuamente de cor, se misturando.
A mudança contínua de cores está ligada à sucessão de emoções que geralmente afetam os seres humanos. Cada emoção corresponde a uma cor, por isso é fácil interpretar o grau de evolução de um indivíduo através da leitura de seu corpo astral.
As emoções baixas estão relacionadas às cores escuras e cinza. As emoções altas às cores vivas e brilhantes, e algumas delas não existem no plano físico.
Para estudar essas cores em detalhes e obter mais informações sobre o corpo astral em geral, recomendamos a leitura dos livros “O Corpo Astral”, de A. E. Powell e “O homem visível, o homem invisível”, de Charles Leadbeater.
Cuidados com o corpo astral
O corpo astral, como o físico, também se deteriora. Para mantê-lo saudável, seria apropriado adotar estilos de vida corretos.
Dormir pouco certamente não ajuda e nem comer muita carne. De fato, o excesso de carne, em geral, nunca pode ser praticado por quem deseja caminhar em direção aos planos superiores do espírito, porque é um elemento em decomposição, ou seja, destrutivo, que atrai as entidades mais baixas e mais indesejáveis.
Não que seja imprescindível uma dieta vegetariana, mas o esforço espiritual necessário para se elevar com uma alta ingestão de carne será muito maior. Se nos Evangelhos é apresentado Cristo comendo carne ou peixe, neste caso a elevação dele já era tão alta que a ingestão de restos de animais já não o afetava mais. O que não é o caso da maioria.
Os animais também sentem emoções e desejos e têm portanto corpos astrais. Por isso muitas de suas emoções e medos continuam impregnados na carne, o que pode gerar emoções baixas também no homem.
O mesmo se aplica ao álcool. Sementes, legumes e frutas, por outro lado, podem ajudar a manter uma boa saúde e elevação, porque possuem qualidades construtivas.
O tabaco, por outro lado, é muito prejudicial: pode causar buracos e fendas no corpo astral, que expõem o homem a ataques de entidades indesejadas. E o mesmo vale para drogas usadas com finalidade recreativa.
Já sob supervisão, substâncias como certos cogumelos ou a ayahuasca e outras plantas de poder podem contribuir à elevação humana.
Sempre atenção para o consumo de substâncias lícitas. Porque as ilícitas estão ligadas a egrégoras negativas como a do tráfico de drogas, e tendem a não trazer benefícios espirituais ao usuário. Pelo contrário, costumam atrair espíritos de viciados que partiram, e que podem agravar o vício de um encarnado.
Sobre os mortos no plano astral, devemos dizer que, após a morte física, de fato, nossa consciência se move para o plano astral e continuamos a viver por lá.
Se um homem gerou emoções negativas durante sua vida, ele será forçado a viver nos subplanos inferiores até receber ajuda ou conseguir se elevar; por outro lado, se ele viveu sua vida expressando os mais altos sentimentos e emoções, ele viverá nos subplanos superiores.
Nesse nível, ele terá que continuar suas experiências e, no final, ele também morrerá no astral superior. Nesse ponto, o homem se encontrará com o plano mental, após o qual estará pronto para uma nova encarnação. A menos que se trate de um indivíduo santo ou iluminado, que então poderá só retornar a este mundo ou a mundos semelhantes se assim desejar.
História do conceito de corpo astral
Embora a presença de um corpo astral no homem seja aceita sobretudo nas doutrinas da teosofia moderna, da antroposofia e no esoterismo em geral, um conceito semelhante pode ser encontrado no platonismo antigo.
Em especial no Timeu, onde Platão fala de um “veículo” astral, no qual o Demiurgo (o deus criador de Platão) colocou a alma.
Segundo o platonismo, a alma recebe seu veículo a partir da substância do mundo astral, que se manifesta no movimento dos céus e das órbitas planetárias estudadas pela astrologia.
Segundo Platão, esse corpo “estelar” tem a função de conectar a parte imortal do homem com a material.
Aristóteles, em vez disso, atribuiu ao ser humano uma alma vegetativa, que o une às plantas, uma racional própria dele e uma intermediária chamado sensorial, em comum com os animais.
Os neoplatônicos fizeram uma síntese entre essa alma sensorial irracional e a concepção platônica do corpo astral como um veículo “semelhante a uma estrela.”
Para pensadores como Plotino e Porfírio, é um corpo ou camada transitória à qual a alma imortal se associa antes de nascer em um corpo físico. E o perde esse corpo após a morte enquanto espera para reencarnar.
Para Ptolomeu, por outro lado, constitui uma concha permanente, em um certo sentido imperecível, eterna.
Um termo do latim associado historicamente ao conceito grego é Umbra, adotado por Dante Alighieri na Divina Comédia para explicar o fato de que os espíritos dos mortos lhe aparecem de forma visível: suas almas, de fato, embora agora separadas do corpo, ainda irradiam o espírito. Ou sejam, suas qualidades específicas; essa irradiação se manifesta como uma sombra, uma réplica do corpo físico.
Os corpos astrais dos mortos são mostrados a ele, e quanto mais escuros e mais pesados, mais impuras são suas respectivas almas.
Na Idade Média, era difundida a ideia da tripartição de que os anjos têm apenas a alma imortal, os demônios também o corpo astral e os seres humanos as duas coisas, além do corpo carnal.
Mais tarde, o “veículo da alma”, conceito transmitido pela literatura antiga, também foi chamado por Paracelso de “corpo sideral” ou “estelar”, e daí que precisamente nasceu a expressão “corpo astral”.
Ficino, Agripa e outros expoentes de correntes herméticas, ocultas e rosacruzes retomaram a concepção platônica de um veículo para a alma, feito da substância das estrelas, que conecta a alma racional ao corpo material.
Nos tempos românticos, o conceito de corpo astral foi aceito por grandes autores como Goethe e Schelling,
E por fim, a referência ao “corpo astral” tornou-se muito relevante no ocultismo a partir do surgimento da Teosofia.
Fez parte da terminologia por Helena Blavatsky em seu texto fundamental, intitulado “A Doutrina Secreta”, de 1888.
Rudolf Steiner também adotou essa expressão em 1904, quando ainda não havia se separado da Sociedade Teosófica.