As origens do milho
Milho, este ingrediente da culinária natural é um cereal originário de países da América Latina. O México em especial parece ser o lugar onde seu cultivo foi aperfeiçoado.
Era o sustento alimentar das populações pré-colombianas (as que já viviam na América antes da chegada dos europeus), que cultivavam grandes quantidades dele para se alimentarem, mas também para oferecê-lo aos deuses, aos seus governantes e para realizar todos os ritos religiosos previstos no calendário.
Da América do Sul, o milho chegou à Europa na esteira de Cristóvão Colombo, mas outras fontes afirmam que veio através dos marinheiros nórdicos que, ao que parece, o importaram desde muito tempo antes durante suas várias viagens oceânicas.
Em todo caso, esta planta adaptou-se muito bem às condições climáticas europeias e difundiu-se, como cultura, mesmo no interior de países como a Itália, de modo a se tornar a base da alimentação das zonas camponesas e das populações mais pobres.
Os tipos de milho
Existem diversas variedades de milho, incluindo:
Milho branco: é assim porque não contém carotenoides, que são o que deixa vegetais com cores como amarelo, vermelho e laranja. As espigas são mais alongadas e os grãos de cor branco-pérola. No passado, quem vivia nas planícies comia polenta branca, enquanto a polenta amarela predominava nas montanhas.
Milho vermelho: rico em betacaroteno e antocianinas, que lhe conferem sua cor vermelha característica, é a variedade cultivada no Peru, utilizada na alimentação e também na produção de corantes naturais. Dentre elas, a variedade Morango apresenta uma espiga que se parece com um morango grande.
Milho amarelo: a variedade mais difundida na Europa e também no Brasil.
Milho colorido: aquele com a espiga cravejada de grãos coloridos. Não, caso você veja uma foto, não é photophop!
Propriedades e benefícios do milho
É um alimento energético e digerível, que contém vários benefícios nutricionais, por isso é excelente para crianças:
Possui sais minerais: fósforo, ferro e potássio.
Apresenta baixo teor de gordura saturada.
Apresenta alto teor de fibras, o que facilita o trânsito intestinal
Possui vitaminas: Vitamina C e B6 e ácido fólico, que são importantes para prevenir defeitos de nascença e doenças cardíacas.
Também é um alimento naturalmente sem glúten, como o arroz, e portanto ideal para celíacos. No entanto, deve ser destacado que é rico em amido.
Seu consumo combate a constipação, combate o colesterol ruim e controla o açúcar no sangue.
Na cultura camponesa também era conhecido por suas alegadas virtudes terapêuticas. Por exemplo, a compressa à base de milho era usada como remédio para gripe, tosse e bronquite. Era cozido, posto ainda quente em um pano e colocado em contato com o peito ou as costas.
Outro uso camponês importante, compartilhado pela fitoterapia, é o das chamadas “farpas”, os filamentos internos avermelhados que cobrem a espiga e que são um poderoso diurético e purificador usado em decocções contra infecções urinárias e genitais, cistite crônica, cólica renal, edema e retenção de água.
Uso ritualístico nas religiões afro-brasileiras
Associado ao elemento Terra e ao princípio masculino, o milho e suas sementes são de uso básico nas casas de candomblé, tanto na culinária dos orixás como na alimentação do dai a dia.
O milho branco (Àgbàdó Funfun) é usado no preparo de acaçá (manjar envolvido em folha de bananeira) e ebô (milho cozido) para Iemanjá, Oxalá e outros Orixás.
O milho vermelho (Àgbàdó Pupa) é empregado na feitura do acaçá vermelho (para Exú e Ogun), o Axoxó (milho cosido) para Oxossi, Logum Edé e Ogun, e entra na composição do aluá, que é uma bebida fermentada com orgiem na África. Ela é servida em dias festivos nas casas de santo.
O milho verde em espiga é adequado para Oxossi, mas também é ofertado a Ayirá no ritual da fogueira. Não deixa também de ser útil para produzir certos bolinhos parecidos com o acarajé, que são tidos como muito apreciados por Yewá.
O milho alho (Àgbàdó kékeré) é usado para Obaluaiyé, Nàná e Oxún.
A planta como um todo é atribuída a Oxossi.
As folhas podem ser usadas nos terreiros em defumação e com a finalidade de “lavar os assentamentos de Exú”, com o intento de atrair prosperidade e fartura.
Banho com água de milho branco
A água do milho branco cozido pode ser muito bem utilizada em banho calmante.
Para isso, primeiro ferva o milho branco na água.
Tome seu banho normalmente como em qualquer dia, e então depois disso jogue a água do pescoço para baixo, fazendo uma oração com intenção de relaxar e se purificar.
Feito isso, é bom que continue a relaxar um pouco e, se ainda for dia, evite se envolver em atividades que possam prejudicar sua paz de espírito. Prefira tomar à noite e ir dormir ou então tome o banho em um dia tranquilo, em que não terá nenhum compromisso.
Simpatia com milho para melhora da situação financeira
Pegue uma espiga de milho madura.
Então vire a palha pelo avesso, mas sem retirá-la.
Você vai passar em volta da palha uma fita vermelha que nunca foi usada antes e pendurar a espiga do lado interno da porta de entrada da sua casa.
Peça para que não falte dinheiro para você e para sua família. Faça isso com bastante fé e mentalizando sua libertação financeira.
Deixe ali pelo tempo que quiser. Caso queira colocar do lado de dentro da porta do seu quarto, também pode fazer isso.
Descarte quando achar que sua situação está boa o suficiente.
Simpatia com milho para atrair sorte no amor
Ponha sete grãos de milho crus dentro de um cálice com vinho.
Deixe exposto no sereno por uma noite.
Depois dessa noite, jogue fora o vinho e coloque os sete grãos em um saquinho de cor vermelha (você pode também amarrá-lo com uma fita dourada).
Você também fazer uma oração segurando forte o saquinho, pedindo o auxílio de Deus para imantar o objeto, enquanto visualiza a si mesma (o) tendo sorte no amor.
Deixe esse saquinho debaixo da sua cama por tanto tempo quanto quiser. Quando julgar que conseguiu ter a sorte que queria, enterre-o em um parque, numa praça ou num jardim.