El Morya: Mestre Ascensionado que Encarna a Vontade de Deus
O nome “El Morya” pode não ser familiar para alguns. Mas é mais do que provável que milhões tenham ouvido falar de uma ou mais de suas vidas passadas.
Por causa de seu tenaz amor à vontade de Deus, vida após vida, El Morya passou a incorporar a qualidade da obediência à santa vontade.
Hoje ele serve dos reinos celestiais como o Chohan do Primeiro Raio, o raio azul da vontade de Deus, da fé, da proteção e do poder.
O que são os Chohans e os Sete Raios
“Chohan” é uma palavra em sânscrita para “chefe” ou “senhor”. Um Chohan é um líder espiritual de grandes realizações que trabalha com a humanidade a partir do estado de consciência de Mestre Ascensionado.
O que é a exatamente a ascensão? É a libertação completa da Roda do Samsara, ou seja, a Roda do karma e do renascimento.
No processo de ascensão, a alma se funde com sua Presença Solar, experimentando a liberdade da atração gravitacional ou cármica da terra e entrando na felicidade do Eu Sou dentro da presença eterna de Deus e do amor divino.
Voltando aos Chohans, que são movidos a ajudar a humanidade por esse amor, existem sete encarregados da Terra: são os sete mestres ascensos (Ascensionados) dos Sete Raios, isto é El Morya, Lanto, Rowena, Serapis Bey, Hilarion, Nada e Saint Germain.
E o que são exatamente os Sete Raios? Os mestres nos ensinam que os sete raios do arco-íris são as sete qualidades de Deus que compõem os anéis ou esferas de cores que cercam a Presença Solar. São características da Divindade que aparecem como vibrações de cores.
O atributo de cada cor, ou raio, é vital para a nossa totalidade. E cada indivíduo tende a ter um raio com o qual sua vibração bate mais, com o qual se identifica.
Como já dissemos, o Primeiro Raio é o raio azul da vontade de Deus e é regido por El Morya.
El Morya e suas iniciações
Através das iniciações da sua senda individual de Cristicidade, este amado Mestre dos Himalaias adquiriu uma aprimorada devoção à vontade divina, uma virtude que gera nos seus discípulos admiração e confiança.
Por esta devoção, em vidas anteriores foi canonizado pela Igreja Católica Romano. E além disso, prestou durante numerosas encarnações serviço como governante de homens e nações. Tornou-se desta forma um perito nos assuntos de Estado, assim como na psicologia do poder da alma humana.
Consequentemente, passou a ser um mestre no entendimento do funcionamento das relações pessoas e internacionais.
Os chefes de Estado deveriam se inspirar em El Morya para conduzir suas políticas e exercer da melhor forma suas ideias. O que infelizmente sabemos que nem sempre ocorre.
A obediência traz bênçãos
Uma das encarnações de El Morya foi Abraão. Sua história é contada no primeiro livro do Antigo Testamento. Tanto crianças judias quanto cristãs ouviram a história do chamado de Deus a seu filho obediente.
“Saia da casa dos seus pais e vá para uma terra que eu te mostrarei.” Deus disse a Abraão, e lhe prometeu que sua obediência traria uma grande bênção à sua descendência. Ele seria o progenitor de uma grande nação.
Abraão então deixou a casa de seus pais, obedeceu a Deus e Deus o abençoou. Chamado Pai das Nações, Abraão, mesmo em sua idade avançada, teve um filho, Isaac. Desta linhagem emergiram as Doze Tribos de Israel.
Camelot: uma visão de uma era de ouro
No século V, um governante de proporção mítica entra no palco da vida. Arthur foi o criador da Távola Redonda, uma cultura de fraternidade cujo grito de guerra era comparável ao “Um por todos e todos por um!”
Não havia diferença entre o rei e seus cavaleiros. Todos eram considerados iguais.
Arthur, que alguns dizem ter sido um chefe bretão que combateu contra os anglo-saxões após a queda do Império Romano, contribuiu para a conservação de muitas conquistas dos romanos na Grã-Bretanha. Ajudou a sua ilha a não desepencar na barbárie total.
Segundo a lenda, seus santos cavaleiros eram respeitados por sua bravura na batalha e no serviço ao rei e ao seu reino.
Cultivavam o altruísmo, salvavam pessoas fracas e indefesas e empreenderam até mesmo a busca pelo Santo Graal, o cálice que Jesus Cristo usou na Última Ceia, para salvar uma terra que caminhava para a esterilidade, para a miséria.
Esta alma nobre forjou uma sociedade gloriosa onde o respeito, a justiça, a coragem e a verdade prevaleciam, a mística Camelot.
El Morya era o rei Arthur.
O preço de uma vida baseada em princípios – Thomas Becket e Thomas More
A Inglaterra do século XII encontra a alma de El Morya encarnada como Thomas Becket, arcebispo de Canterbury (Cantuária), defensor da Igreja e dos princípios cristãos, que entra em desacordo com o rei Henrique II.
Os conflitos sobre a influência da igreja nos assuntos políticos do reino atingem um pico e Becket paga por sua posição com sua própria vida.
É brutalmente morto dentro de sua própria catedral. O assassinato executado por quatro cavaleiros que cumprem as ordens do rei.
Três séculos depois, El Morya retorna como Thomas More, chanceler da Inglaterra, durante o reinado de Henrique VIII.
E mais uma vez a alma de El Morya se encontra em conflito com o rei da Inglaterra. O mesmo conflito entre Igreja e Estado surge, sob circunstâncias diferentes.
Thomas enfrenta a separação de sua família, os anos de prisão e, finalmente, uma sentença de morte por decapitação. Seu fim dramático chega em 1535.
Foi mais uma encarnação dessa alma inabalável que encontrou o martírio pelas mãos de um governante que não seguia os princípios mais elevados para exercer seu poder. Que não se harmonizou à vibração do Primeiro Raio.
As palavras finais de Thomas More para todos que testemunharam sua execução foram: “Eu sou o bom servo do rei, mas antes de tudo sou o servo de Deus.”
Akbar, o imperador soberano – uma tentativa de promover a fraternidade espiritual
Apenas sete anos depois, El Morya retorna, desta vez para encarnar no Oriente. Ele é Akbar, o maior dos imperadores mongóis.
Governante com qualidades refinadas e talentos variados, Akbar expandiu seu reino através de uma atuação decisiva nas batalhas, mas também na diplomacia.
Ele elevou sua cultura através de arte, literatura e arquitetura. Interessado em todas as religiões e práticas religiosas, mas não nos conflitos que podem ser gerados por um entendimento errado, ele desejou unir os crentes em uma religião que chamou de “Fé Divina”.
Akbar foi, na descrição de um eminente historiador, “um dos poucos exemplos coroados do sucesso do rei-filósofo de Platão.”
Um sacerdote português o descreveu como uma pessoa de estatura e semblante condizentes com sua dignidade real, de forma que se podia facilmente reconhecer, mesmo à primeira vista, tratar-se do rei.
Apesar de sua grande riqueza e poder, e da pompa e do esplendor de sua corte, era um homem de hábitos simples. Comia pouco e se abstinha de carne durante pelo menos seis meses do ano. Nem sequer gostava de carne. Dizia que achava os pratos com carne sem sabor.
A única razão pela qual não se tornava vegetariano era que “muitos outros poderiam deliberadamente se abster também, e ser tomados de desânimo”, até por estar cercado de guerreiros e nem todos estarem preparados para uma dieta vegetariana.
No entanto, chegou a proibir o abate de animais no seu reino durante seis meses por ano.
El Morya a Serviço dos Reinos Celestes
No século XIX, El Morya, enquanto residia no plano espiritual, colaborou com dois outros mestres, Djwal Kul e Kuthumi, para trabalhar com Madame Helena Blavatsky e outros, a fim de ensinar mistérios ocultos a um corpo maior da humanidade.
A fundação da Sociedade Teosófica por Blavatsky em 1875 seria um veículo importante para esse fim.
Vida após vida, o amor pela vontade de Deus era a força motriz da alma de El Morya. E assim, o esforço deste homem foi recompensado e ele ganhou sua ascensão em 1898.
Hoje, El Morya é o chefe do Conselho de Darjeeling, um corpo de governo celestial que serve em um retiro etérico sobre Darjeeling, na Índia.
Ele trabalha com muitos outros mestres ascensos da Grande Fraternidade Branca, como Chananda, Kuthumi, Saint Germain, Jesus e Mãe Maria, para citar alguns. Atua em prol da elevação da humanidade e para introduzir em seus corações um amor semelhante à vontade de Deus.
El Morya nos ensina o caminho para conhecer o propósito da vida
Em uma recente mensagem canalizada, em 2008, esse amado mestre disse: “Muitos desejam conhecer o propósito de sua vida. Poucos desejam conhecer esse propósito dentro do contexto da vontade de Deus. E menos ainda são capazes de deixar de lado a vontade humana para serem totalmente absorvidos no coração da vontade de Deus através da ciência e da arte sagradas da rendição ao Senhor.
No entanto, aqueles que meditam sobre o amor, a sabedoria e a vontade de Deus, dia e noite, criam um portal sagrado para que o propósito de suas vidas seja totalmente preenchido pela Vontade Superior.”
El Morya também já disse uma vez: “Observe atentamente todas as coisas que lhe são propostas pela vida; o que eleva, o que unifica, o que liberta, o que traz a consciência de volta a Deus. Tudo isso é bom e representa a vontade de Deus.
Você não precisa de meios ocultos nem de um conselheiro externo. A Vida que pulsa dentro do seu coração sabe bem o que é construtivo, o que traz alívio e liberta da escravidão: isso que está em você, essa presença, essa Vida que é verdade, é Deus!”
El Morya, Raio azul e o Arcanjo Miguel
El Morya trabalha no Raio Azul em conjunto com o Arcanjo Miguel, o arcanjo guerreiro. O arcanjo que regeu personalidades ao mesmo tempo místicas e guerrerias como Arthur e Akbar.
Miguel, chamado pelos católicos de “São Miguel Arcanjo”, com sua espada simbólica e suas legiões de anjos de luz azul, é o único que tem permissão para penetrar nas trevas e libertar os prisioneiros que não têm ninguém para pedir por eles.
Uma invocação ao Arcanjo Miguel faz com que ele proceda imediatamente para ajudar alguém, cercando o indivíduo com sua luz azul. Ele rasga com sua grande força espiritual os laços que prendem as pessoas a seus erros.
Com El Morya, Miguel atua para exercer a vontade de Deus na Terra. Para restaurar a liberdade onde ela é necessária. Pois um verdadeiro rei ou governante é um rei ou governante que reina e governa com seus súditos em liberdade, sem impor sua vontade de forma autoritária. Ele se guia pela vontade do Pai e os princípios de seu governo são os princípios de Deus. Que começam pelo respeito ao livre-arbítrio.
O significado do nome de El Morya
“El”, em hebraico é o mesmo que Deus. Nesse caso, não o Deus Supremo, o Senhor Deus do Universo, mas alguém que tem total controle sobre uma área da existência. Morya nesse sentido é um “deus”, sendo um mestre completo do primeiro raio. Ele alcançou a união com a Divindade.
Já o nome “Morya”, com ou sem o Y, tem dois significados bem importantes: também originado do hebraico, significa “meu instrutor é Deus”, ou seja, é aquele que segue os ensinamentos de Deus, a vontade de Deus.
Além disso, como transmitido pela mensageira Elizabeth Profeth, é como uma versão feminina para “Maria” ou “Miriam”, um nome que indica a pessoa que tem grande poder para materializar a vontade do Pai.
Em alguns contextos também pode-se ler o nome “El Morya Khan.”
O que seria? “Khan”, vamos esclarecer, não é o nome de uma pessoa, mas um título que este nosso querido mestre carrega em seu nome com orgulho.
É uma palavra mongol que significa “rei” ou “aquele que comanda.” Este título tornou-se conhecido em todo o mundo devido à expansão do império mongol no período Genghis Khan. O mesmo império que depois daria origem ao reino de Akbar.
Um conselho final: o sentido de tudo
Concluímos com as seguintes palavras de El Morya:
“A nossa ascensão está em curso, amados. Esta é minha verdadeira mensagem para vocês neste dia, pois foi isto o que compreendi quando era Thomas Becket e estava de pé no altar da catedral de Cantuária no dia 29 de Dezembro.
Diante daqueles cujas trevas eram tão grandes quanto irreais, contemplando a glória de Deus, como no passado havia feito Santo Estevão (o primeiro mártir da fé cristã), disse a mim mesmo: Estou ascendendo. Estou ascendendo ao coração de Deus. É este o sentido de tudo isto.”
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