A astrologia é um tópico popular há séculos! O impressionante é ver que mesmo na era da internet esse saber antigo e místico toma proporções cada vezes maiores. É só se sentar em uma mesa de bar ou dar uma olhadinha no Facebook para encontrar pessoas comentando sobre seus signos ou analisando suas relações por meio de ascendentes, luas, etc.
Ainda que esse interesse tão grande gere uma relação às vezes superficial com os signos, podemos ver a popularidade do mapa astral como o sinal do desejo das pessoas de encontrarem seus próprios caminhos e decifrarem suas personalidades.
“Conhece-te a ti mesmo”, diz uma antiga e sábia frase, e o conhecimento do mapa astral está incluído nesse conhecimento de si.
Mas como será que funciona essa história de estrelas e planetas influenciando nossa vida cotidiana? Afinal, o que uma coisa tem a ver com outra? Ainda mais se pensamos como os astros são enormes e estão distantes entre si, enquanto nós somos aparentemente muito pequenos.
Vamos procurar entender um pouco isso!
O mapa astral: o que está em cima é como o que está embaixo
Para o saber esotérico não existe nenhum impedimento em dizer que os astros influenciam nossa vida.
Essa ideia parte do princípio de que tudo está conectado. Um exemplo fácil de visualizar essa situação é pensar no papel da Lua em uma série de atividades no planeta Terra. As fases da Lua controlam as marés, as épocas de colheita e influenciam os ciclos menstruais.
De fato, a ideia de que estamos separados do universo é um mero sinal de nossa vontade de acreditar que não somos parte da criação divina.
O saber esotérico reflete sobre isso. Nessa perspectiva, o universo é parte de nós da mesma forma que somos uma parte dele.
A frase “o que está em cima é como o que está embaixo” vem de um dos escritos alquímicos mais antigos existentes, a Tábua de Esmeralda, criada por Hermes Trismegisto.
Ela quer dizer que o mistério da existência está tanto nas galáxias mais distantes quanto em um grãozinho de areia. Tanto no mundo ao nosso redor quanto dentro de nossos corações.
Se você pensar assim, não parecerá mais tão misterioso acreditar que nossas vidas estão relacionadas às estrelas.
Como funciona um mapa astral?
O mapa astral corresponde a uma fotografia muito precisa do céu no dia e no horário em que você nasceu.
Para calcular o seu gráfico, você deve estar ciente de: data exata, hora e local de nascimento (uma pessoa nascida em Paris e outra nascida em São Paulo, no mesmo dia e na mesma hora, não terão o mesmo mapa: todo mapa astral é único).
O mapa astral, em suma, mostra onde estavam os planetas do sistema solar no exato momento do seu nascimento.
Sabemos que os planetas estão, cada qual, girando ao redor do Sol e que suas jornadas se cruzam, gerando elipses, círculos, proximidades e distâncias. São todas as combinações entre as posições e movimentos desses planetas que irão imprimir em sua vida algumas qualidades.
A relação do planeta Vênus com seu signo natal pode, por exemplo, indicar determinadas forças ou fraquezas em relação à vida amorosa. Sabemos que Vênus é um planeta relacionado às emoções, aos sentimentos e ao amor. Da mesma forma, Marte é relacionado aos conflitos e à nossa força de existir.
Tem gente que acredita que o mapa astral pode ser um verdadeiro manual de instruções para a sua vida na Terra. Ele pode trazer todo o tipo de informações sobre seu temperamento e personalidade. Você encontrará até mesmo suas predisposições em relação aos quatro elementos naturais e os principais problemas para evoluir e tornar-se um ser espiritual mais avançado.
Do que é composto um mapa astral?
Um mapa astral é composto:
1 – Pelos 12 signos do zodíaco;
2 – Pelas posições dos planetas do sistema solar;
3 – Pela posições da Lua e do Sol, que na astrologia também são considerados “planetas”;
4 – Pelos aspectos ou ângulos que eles formam entre si;
5 – Pelas 12 casas.
É levando em conta as interações entre esses elementos, analisando e interpretando o mapa do céu, que o astrólogo poderá definir sua personalidade, seu potencial, suas aptidões para esta ou aquela profissão, as datas importantes de sua vida e as histórias da sua vida.
Como calcular um mapa astral?
Para calcular o seu mapa astral, você vai precisar de hora, data e local de seu nascimento. Se você não sabe algumas dessas informações – normalmente a hora é o mais difícil de saber – recomendamos que você busque o setor de registros de sua cidade.
A hora é muito importante, pois sem ela você não conseguirá saber em quais casas os planetas de seu mapa estavam no seu nascimento e algumas informações não poderão ser obtidas corretamente, como por exemplo o signo ascendente.
Se você realmente não conseguir encontrar a hora, ainda assim muitas informações podem ser apreendidas baseando-se apenas no local e na data.
O que um astrólogo vê em um mapa astral?
Para a correta interpretação de seu mapa de nascimento, é recomendado o auxílio de um(a) astrólogo(a) experiente e sensível, capaz de reconhecer intuitivamente a aplicação do mapa astral em sua situação específica.
No geral, existem algumas informações que são usualmente observadas em um mapa astral. Veja algumas das possibilidades:
- Além de identificar o signo de nascimento, é importante saber em qual das 12 casas do zodíaco ele se encontra.
- As posições de Vênus, Marte e Lua: em quais signos se encontram?
- O(a) astrólogo(a) observa os ângulos e desenhos formados pela relação entre as posições dos astros em seu mapa e retira informações válidas dessas imagens.
- Alguns astrólogos podem observar o seu Nódulo Lunar, característica que demonstra seus desafios nesta vida, revelando questões kármicas de outras encarnações.
- Há a questão dos planetas Urano,Netuno e Plutão, que não existiam na astrologia mais antiga (ainda não tinham sido descobertos) e são considerados planetas transpessoais. Ou seja, determinam as características de toda uma geração.
Os planetas e o satélite Lua no mapa astral
A Lua corresponde à imaginação, à criatividade e à alma da pessoa: para a mulher expressa a forma como ela vive sua feminilidade, para o homem seu lado feminino oculto.
Mercúrio é um planeta vivo e rápido: é um símbolo de inteligência e vivacidade de espírito. Representa, entre outras coisas, o intelecto.
Vênus é o planeta do amor, da beleza e da estética.
Júpiter é considerado o “grande beneficiário” e representa possibilidade, oportunidade, dinheiro e expansão.
Saturno é o último dos planetas “pessoais”, que influenciam nossas características individuais sobretudo, e é o “planeta lento”. Ele atua por um longo período de tempo e incentiva a construir, a colocar diferentes estruturas em jogo.
Urano é o planeta inovador, que bagunça e perturba, e é o rei das descobertas científicas ou de outras descobertas: ele nos empurra para seguir em frente, no rumo do progresso.
Netuno é o planeta das quimeras e da ilusão: perturba nossos amores e muitas vezes nos faz errar. É acima de tudo um planeta espiritual: pode dar um grande impulso, mas não é muito eficaz nos campos concretos.
Plutão, por fim, tem a ver com sentimentos de inquietação e medo.
As 12 casas astrológicas no mapa astral.
Todos os cálculos, agora simplificados por softwares astrológicos (alguns sites inclusive disponibilizam instrumentos online para você conseguir por conta própria obter seu mapa, como o astro.com), permitem que a abóbada celeste seja dividida em 12 setores chamados de “casas”.
As casas correspondem aos 12 domínios privilegiados da sua vida, ou aos que mais lhe dizem respeito. Representam:
Casa I: sua personalidade, seu comportamento. É essencial porque distingue seu comportamento e sua forma de agir no decorrer da existência.
Casa II: finanças, investimentos.
Casa III: irmãos, irmãs, família e pequenas viagens.
Casa IV: a lareira, a casa, como é por dentro.
Casa V: vida amorosa e afetiva (é também o setor das crianças).
Casa VI: vida profissional.
Casa VII: seus relacionamentos com outras pessoas e com seu cônjuge.
Casa VIII: os legados e o que ficou inacabado em seu passado.
Casa IX: a vida espiritual e as longas viagens.
Casa X: sucesso social.
Casa XI: amigos e apoiadores.
Casa XII: as provas e testes da vida e da saúde. O lugar dos sonhos, do que é oculto e misterioso, do subconsciente.
Para que serve o mapa astral na vida cotidiana?
Assim como outros oráculos importantes, o mapa astral serve para reconhecermos padrões que podemos mudar em nossas vidas.
Muita gente trata os signos como uma espécie de “atestado” para confirmar a si mesmos, como se fossem imutáveis. No entanto, uma boa leitura de mapa astral pode propiciar mudanças na forma de agir e guiar a busca para equilibrar justamente o que falta no mapa.
E você? Gostaria de fazer uma mapa astral? Comente o que você gostaria de ver em nosso blog!