A Lendária Mandrágora: Ervas Poderosas e seus Mistérios – Utilizadas na Bruxaria.
As ervas possuem tanto propriedades magísticas como medicinais e é um universo encantador, amplo, no qual pode-se destinar a diversas finalidades. Por isso, é importante ter consciência e estudá-las para seu uso adequado e assertivo para as práticas da magia natural, possibilitando criar amuletos, potencializar feitiços, macerá-las e criar pós mágicos, chás, poções, óleos, banhos e mais.
- Observação: algumas ervas são altamente tóxicas e contra indicadas para determinadas pessoas, como alérgicos e gestantes, por exemplo. Portanto, não faça chás, infusões ou tente criar remédios sem conhecimento profissional. O intuito desse artigo é trazer informações sobre o uso dessas ervas poderosas na antiguidade.
Indicação: caso queira utilizar algumas das ervas descritas no artigo, você pode juntar os ramos, folhas e flores, amarrar em barbante e queimá-las como incenso natural para atrair boas energias e purificar os ambientes ou colocá-las dentro de um frasco com borrifador e água quente, para utilizar como spray aromático.
Essa provavelmente é uma das (senão a mais) ervas poderosas envolta de muitos mistérios. Trouxe influências para o cinema em filmes associados a Bruxaria e o mundo da magia, como: “Harry Potter” e “O Labirinto do Fauno”.
A Mandrágora apesar de ter muita ligação com as bruxas, ela já foi citada em algumas passagens da bíblia, nos antigos testamentos.
Outros nomes dados à Mandrágora
Outros nomes na antiguidade destinados a Mandrágora, foram: “Maçã de Satã” (dizem que teriam sido os árabes a darem esse nome, por conta de seu fortíssimo poder afrodisíaco, fazendo-se uma comparação a “tentação” da carne diante do sexo, como uma ideia de pecado), “Raiz das Bruxas” e “Planta de Circe”.
Alguns desses nomes podem assustar e isso se deve ao fato de que, além de ter propriedades afrodisíacas, a Mandrágora se manuseada sem conhecimento e em doses erradas, é altamente tóxica, por este motivo, podem ter ligado o seu poder ao nome de Circe, a Deusa da feitiçaria, alquimia e poções, tanto curativas quanto venenosas.
Circe também é a Senhora das fantasias e ilusões, para as Bruxas. Uma de suas magias era fazer com que se perdesse a noção do tempo, sem ideia exata de ter-se passado horas, dias, meses ou anos em um mesmo lugar ou situação.
Essa associação corresponde também com o poder alucinógeno da Mandrágora.
Para que serve a Mandrágora
Mas nem todo veneno é mortal, se for utilizado por pessoas capacitadas ao seu manuseio, como muitos antigos curandeiros e erveiras, que utilizavam a Mandrágora como remédio em casos de infertilidade e analgésico para sanar fortes dores físicas, pós-cirúrgicas e estomacais.
Natural do Mediterrâneo, a planta da Mandrágora desabrocha pequenas flores roxas e violetas, suas folhas possuem um aroma intenso e marcante. Seu formato pode ser único ou bifurcado, contendo traços curiosamente similares a figura do corpo humano.
Além de todas essas características peculiares, antigas lendas contam que por sua raiz crescer de modo tão profundo e firme dentro do solo, teria de ser arrancada de forma brusca, mas há relatos de que a Mandrágora ao ser puxada para fora da terra, era possível ouvir um som estridente como um grito.
Com isso, mais histórias foram surgindo, como a crença de que seu “grito” era tão alto e ensurdecedor a ponto de enlouquecer ou ser mortal a quem ouvisse.
Logo, os povos antigos criaram certos métodos para retirarem a Mandrágora do solo, que evitasse com que ela soltasse o seu temido som.
Um desses métodos era amarrar uma das pontas de uma corda nas folhas presentes na superfície do solo e a outra ponta no pescoço de um cão, tampar os ouvidos e fazer o cachorro correr rapidamente, arrancando a Mandrágora da terra.
Caso algum “mal” ocorresse, seria transferido ao animal que fora responsável por arrancá-la. (tadinhos dos cãezinhos).
Mas como citado, foram relatos de via oral dos povos de outras épocas, ou seja, crendices populares.
Ainda assim, ao longo dos anos essas histórias, curiosidades e fatos sobre a Mandrágora, contribuíram para o fortalecimento dos poderes místicos da erva.
A Mandrágora na Bruxaria
Especificamente na Bruxaria, a Mandrágora possui diversas finalidades poderosas: afrodisíaco, para aumentar o desejo sexual e a fertilidade para induzir a gravidez; antigamente em casos de abortos era utilizada para expurgar o feto morto do útero.
Em algumas regiões da antiga Alemanha, as Bruxas eram chamadas de “As portadoras da Mandrágora”, por essas mulheres erveiras, parteiras e benzedeiras, possuírem o conhecimento do manuseio adequado da Mandrágora.
Além de saberem utilizar a erva para a indução de estados meditativos e de transe (chamados antigamente de “êxtase ritualístico” ao qual se utilizavam expansores de consciência e alteradores de percepção, para se conectarem com o mundo dos deuses e outros planos astrais) durante suas práticas.
Isso também foi motivo de perseguição as Bruxas e proibição do uso da Mandrágora por elas, por compreenderem que eram ameaças as pessoas não praticantes de Bruxaria.
A Mandrágora por muito tempo também foi utilizada para combater a insônia, por seu poder anestésico que causava forte sonolência.
Outro uso muito comum da Mandrágora na antiguidade, era de expulsar espíritos malignos, como em práticas de exorcismos e amuleto de proteção, pois acreditavam que colocá-la no quarto durante o sono, afastaria energias negativas e protegeria de terrores noturnos.
Simpatias com Mandrágora
Em feitiços e simpatias para fertilidade, costumavam banhar a Mandrágora no leite (por ser um alimento ligado a maternidade e nutrição) deixando-a dentro de uma bacia embaixo da cama das mulheres.
Ao longo dos anos, a Mandrágora também foi associada a energia da prosperidade, sorte e independente da cultura ou intenção, normalmente se trabalhava com essa erva nas noites de Lua Cheia, que tem o poder de expandir as energias, deixando-as mais potentes.
Como é difícil obter no Brasil algumas dessas ervas poderosas (como exemplo a mandrágora) tendo que importá-las ao país, praticantes de bruxaria e magia natural substituem a Mandrágora em seus feitiços pelo Gengibre, que também possui poderes afrodisíacos, muito utilizado em chás anti-inflamatórios, como um remédio natural que aumenta a disposição e na magia para proteção, prosperidade, sorte e potencializador de energias para sucesso nos rituais.
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