abril 12, 2019

O que é o I-Ching? Conheça os mistérios do livro chinês das transformações

O que é o I-Ching? Conheça os mistérios do livro chinês das transformações

O I-Ching é a forma mais antiga e complexa de divinação que existe no mundo.

A divinação é a arte de reconhecer a relação entre o universo e os acontecimentos de nossas vidas. Podemos falar de tarô, búzios, borras de café e até os padrões das nuvens no céu.

Esses oráculos são fontes de autoconhecimento e reflexão utilizadas durante os séculos para ajudar as pessoas a encontrarem o verdadeiro sentido de suas ações no mundo.

O I-Ching tem origem na China há mais de 3000 mil anos e também é chamado de “O livro das Transformações”.

É o escrito mais antigo conhecido dessa cultura. O sistema, formado por conjuntos de 64 hexagramas – linhas contínuas e seriadas – , compõe um leque simbólico e representativo de muitos acontecimentos e fases da vida.

O I-Ching funciona integrado aos princípios do Taoísmo. A doutrina que originou o famoso símbolo do Yin-Yang, utilizado no mundo ocidental para representar uma série de sentidos do que seria o equilíbrio entre os opostos.

Considerado por Confúcio um livro de sabedoria, é também usado por estudiosos para aprofundar aspectos matemáticos, filosóficos e físicos.

Os métodos para obter as respostas são variados e vão desde cascos de tartaruga até o lançamento de 3 moedas. 

Que tal aprofundar seu conhecimento sobre o I-Ching e o poder dessa ferramenta na vida humana? Te convidamos a conhecer um pouco mais sobre essa fabulosa ferramenta de autoconhecimento.

A filosofia do I-Ching

A filosofia por trás do I-Ching pode ser resumida a dois grandes conceitos: a mudança e o equilíbrio.

A mudança é um princípio motor da vida humana e também do universo. O filósofo Henri-Bergson chegou a afirmar que essa é a única verdade: a que tudo muda.

O sábio grego Heráclito demonstrou isso ao pensar em um rio, aparentemente sempre o mesmo rio, mas com águas em constante movimento. Segundo Heráclito, a cada vez que entramos e saímos desse rio, nós também mudamos.

De acordo com o filósofo chinês Lao Tzu, grande representante do Taoísmo, filosofia à qual o I Ching está atrelado, a mudança é uma grande jornada, uma viagem.

Você encontrará obstáculos que o farão retroceder ou mudar de direção, mas isso não significa que não esteja progredindo em direção a um futuro melhor, mais gratificante, engrandecedor e pacífico.

No I-Ching, é possível encontrar diversas manifestações dessa verdade. Da calmaria à tempestade, do repouso à revolução.

A partir daí, os 64 arquétipos contidos nos hexagramas podem ser combinados em milhões de formas capazes de dar conta dos acontecimentos de nossa vida de uma maneira complexa e inspiradora.

O aceitar a mudança e as transformações é uma das grandes virtudes ensinadas pela filosofia chinesa. Você já pensou sobre como seria a vida se não recusássemos a mudança? Se não exigíssemos que o tempo e os acontecimentos ajam conforme a nossa vontade, em vez disso buscando aprender a cada evento?

Eis uma das maiores sabedorias por trás do I-Ching. A transformação faz parte do aprendizado de nossas vidas e não precisamos nem realizar uma consulta de divinação para entendermos a potência dessa ideia.

O equilíbrio é o segundo pilar da filosofia do I-Ching, condensado no Yin-Yang. Podemos pensar em diversas duplas de palavras para entendermos o poder dessa mensagem. Masculino e feminino, luz e trevas, vida e morte.

Para o Taoísmo, um oposto só pode existir a partir da existência do outro. Sem a morte, nem sequer pensaríamos na vida! Sem o poder da escuridão, não poderíamos reconhecer a força da luz.

Mesclando os dois conceitos – equilíbrio e transformação – encontramos a própria imagem da natureza: os ciclos.

Luz e escuridão são perfeitamente representados pela mudança que vivemos todas as vezes em que o dia dá espaço para a noite. Ainda no céu, Sol e Lua se tornaram desde a mais antiga idade símbolos dos polos masculino e feminino.

A Lua ligada às emoções, à sensibilidade.

O Sol ao poder, à autoridade.

O I-Ching pode nos ajudar a curar a psique

A ideia por trás da filosofia do I-Ching é entrarmos em contato com os ciclos naturais. Ciclos de aprendizado, de quando deixamos algo morrer para que outra coisa nasça no lugar. Ciclos de criação, como nos demonstra a Lua que nasce e morre todos os meses em nosso céu.

Não é à toa que Carl Jung – fundador da psicologia analítica – utilizava o I-Ching para ajudar seus pacientes terapeuticamente.

Esse psicólogo foi responsável por ver nossa mente, nossa psique, como uma grande busca pelo equilíbrio. Devemos encontrar nosso balanço, como no Yin-Yang, para vivermos serenamente.

Isso inclui descobrir nossa sombra (nossos medos, bloqueios e travas) para conseguirmos viver com mais luz. Trata-se de equilibrar nossas energias masculinas e femininas e dissolver os nós que nos prendem.

Como funciona uma leitura

Com seus grandes arquétipos e movimentos da vida, o I-Ching é uma ferramenta incrível para obtermos iluminação em momentos difíceis da vida.

Algumas pessoas consideram que uma leitura com o I-Ching pode conectar a pessoa com seu “eu superior”, a sua essência, para revelar desejos e fatores ocultos.

Outras acreditam que uma leitura com o I-Ching promove uma ponte entre inconsciente e consciente, revelando informações que normalmente só encontramos nos sonhos.

De fato, podemos dizer que o I-Ching proporciona um reconhecimento muito claro de padrões de pensamento e de personalidade. Você poderá visualizar a relação de sua pessoa com fatores externos, obstáculos e, inclusive, discernir possíveis ocorrências futuras.

Como todo oráculo, o I-Ching pede a aproximação correta e respeitosa: antes uma meditação, depois o ritual e a formulação precisa de uma pergunta.

Quem pratica essa arte está convencido que o oráculo nunca falha, quem falha é o consulente: se a pergunta não foi clara e precisa, isto indica que a pessoa não tem clareza mental sobre o que deseja saber. O ritual, por sua vez, tem a função psicológica de focar a atenção da pessoa na consulta.

A consulta oracular é feita usando 50 varetas (originalmente de mil-folhas, uma planta sagrada), das quais uma é separada e as outras 49 manuseadas, seguindo seis vezes a mesma operação matemática, para se chegar à resposta.

Dessa manipulação, resulta uma linha firme (yang) ou uma linha maleável (yin), que podem ser fixas ou móveis.

As linhas firmes resultam da obtenção dos números 7 ou 9. Enquanto que as maleáveis provêm de dois outros números, o 6 ou o 8.

Destes números, o 6 e o 9 correspondem a linhas móveis. São linhas que, por estarem prestes a mudar, têm importância na interpretação.

Por ser um livro sagrado, o I-Ching e as varetas usadas na consulta costumavam ser guardadas em uma caixa de madeira virgem. Tudo embrulhado em seda também virgem.

Mais recentemente a consulta ao I-Ching começou a ser feita também de forma mais simples. Como mencionamos antes, usando moedas, ou então com dados ou até baralhos.

Você se interessa pelo I-Ching? Gostaria de saber mais sobre o tema? Comente e enriqueça nosso blog com a sua experiência!


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