Chá-Verde: Conta a lenda que o imperador chinês Shen Nung estava em viagem e que se sentia bastante cansado.
Eram dias de muito trabalho, de batalhas e de disputas políticas. À medida que o tempo passava, o imperador sentia que precisava dar um jeito na situação para não adoecer.
A sua comitiva tinha parado para descansar quando as folhas de um arbusto caíram em uma panela de água fervente.
Essa mistura gerou um líquido de cheiro agradável que chamou a atenção do soberano. Ele ficou curioso e decidiu tomá-la.
“Mas você vai mesmo tomá-la?” Perguntou-lhe um de seus conselheiros.
“E por que não?” Ele perguntou de volta.
“Há vezes em que o cheiro perfumado de uma substância esconde um perigoso veneno.”
O imperador balançou a cabeça e não quis saber. Tomou a bebida e então sentiu na hora uma sensação revigorante.
Nascia ali um dos mais poderosos medicamentos naturais do mundo, que até hoje salva corações do enfarte e cérebros do derrame (AVC).
Mas o que seria essa substância? O que seria esse chá do imperador da China?
É o que vamos ver agora!
O que seria o chá do imperador Sheng Nung?
Temos aqui uma receita milenar que, desde 2732 a.C, surpreende por seus efeitos curativos e revigorantes qualquer pessoa que o consuma.
Essa reputação não é um acaso.
São suficientes 5 xícaras para diminuir em 31% o risco de morte por problemas cardiovasculares.
Shen Nung é famoso por ter escrito o que foi talvez o primeiro livro sobre o poder curativo das plantas.
Uma destas é a Camellia sinensis.
A Camellia sinensis é o verdadeiro chá. No Brasil e em Portugal, qualquer bebida feita por meio do processo de infusão de frutos, folhas, raízes e ervas é chamada de chá; mas o “verdadeiro” chá, também conhecido como “chá da Índia”, é uma bebida preparada a partir das folhas da Camellia sinensis.
Segundo a lenda, o processo de descoberta aconteceu por acaso, como na história que acabamos de relatar acima.
Se foi assim ou não que aconteceu de verdade, é impossível saber.
De todo modo, é realidade o poder dessa planta, cuja fama se propagou da Ásia para os outros continentes.
Os benefícios do chá-verde
O preparo por infusão pode proporcionar líquidos de diferentes cores: preta, vermelha, branca.
No entanto, o chá verde é o mais testado pelos pesquisadores em saúde natural.
Cientistas do Japão já trabalharam para avaliar o poder deste chá.
Os resultados são impressionantes!
Por 11 anos, foram acompanhadas 40.530 pessoas.
Entre os homens, os que tomavam mais de 5 xícaras diárias de chá-verde revelaram um resultado de 12% menos mortes por qualquer causa.
Entre as mulheres, a mortalidade por doença cardiovascular foi 31% menor entre as que consumiram de 500 ml de chá-verde por dia.
As folhas do chá-verde possuem uma alta concentração de catequina, que é um poderoso antioxidante muito bom para o nosso organismo.
Além disso, abriga vitaminas C, K e do complexo B, além de minerais como magnésio e potássio, que são componentes valiosos para a saúde do sistema cardiovascular.
Fora isso, tem cafeína e o aminoácido conhecido como L-teanina.
Eles juntos fornece maior capacidade de concentração, vigor e entusiasmo.
Também fornece polifenois, que diminuem as inflamações do organismo e têm ação anticancerígena.
Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Laval, no Canadá (https://www.ulaval.ca/en), as mulheres que tomam mais de 3 xícaras de chá-verde diariamente têm bem menos chances de sofrer de câncer de mama e ovário.
O cultivo do chá
Embora a Camellia sinensis floresça normalmente em climas tropicais, algumas variedades, como a da China, prosperam mesmo em climas mais frios e de alta altitude.
Muitas plantações de chá mantêm a Camelia sinensis como um arbusto, mas se não for podada, ela pode crescer e se tornar uma pequena árvore.
Na verdade, alguns plantadores acreditam que quanto mais alta for a planta do chá, maior será a estrutura da raiz e mais rico em nutrientes e saboroso será o chá.
A planta do chá se desenvolve em solo arenoso e bem drenado e não deve ser colhida antes dos três anos de idade.
A colheita da planta do chá
A colheita da Camelia sinensis deve ser manual, pois apenas as folhas superiores devem ser colhidas.
Durante a colheita, é necessário procurar as folhas jovens na parte superior da planta, principalmente as pontas, ou pequenas folhas parcialmente formadas.
Em raras ocasiões, os galhos e flores da planta também são usados.
Geralmente, as plantas são impedidas de florescer para desviar sua energia para as folhas preciosas.
No entanto, alguns produtores de quintal apreciam as belas flores brancas que desabrocham no outono.
O chá é colhido durante os meses mais quentes, quando a planta cresce com mais vigor. Em climas do norte, isso se traduz em uma janela de apenas quatro meses.
Já em regiões tropicais, as plantações podem ter até oito meses de safras regulares.
As origens da planta do chá-verde
A “camélia do chá” (Camellia sinensis) é de origem um tanto obscura, mas sua natureza indígena na China Ocidental parece já ter sido comprovada; e faz algum tempo que é amplamente cultivada em todo o mundo.
Uma das primeiras camélias do chá a chegar à Europa foi de Lineu, famoso biólogo sueco, que a obteve do capitão Eckbert em 1763 e a cultivou no Jardim Botânico de Upsala, na Suécia.
Modo de preparo
Para obter o melhor do potencial desta planta, siga a seguinte forma de preparo:
Ponha um litro de água para ferver e, logo que aparecerem as primeiras bolhinhas, apague o fogo.
Adicione então duas colheres de sopa de chá e deixe abafar por três minutos.
Dessa forma, os nutrientes e antioxidantes não serão perdidos.
Então basta coar e está pronto!
Tome de 3 a 5 xícaras por dia, ou mais se puder, até 6 ou 7, e colherá os maiores benefícios para a sua saúde.
Seu coração vai agradecer e perceberá com o tempo que muitas coisas irão melhorar, como sua disposição e sua concentração, além do bem-estar geral.
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