A doença da autoestima baixa
É compreensível que, após alguns fracassos e frustrações, a autoestima das pessoas fique em baixa. As pessoas acham que não vão conseguir mais alcançar aquele objetivo. Ou então, no caso da aparência, se consideram pessoas feias ou sem graça.
Ter autoestima implica em ter autoconfiança. Que é uma qualidade que os grandes líderes têm de sobra.
Mas como se chegar a ela?
Em primeiro lugar, olhe para você mesmo. O que está faltando em você? Responda a esta pergunta e a partir daí, das respostas que der, trace suas metas. É impossível desenvolver uma autoestima plena do dia para a noite. É algo que você precisa trabalhar com calma, degrau por degrau. Não coloque o carro na frente dos bois.
Se está precisando dar um tapa na aparência, vá fazendo isso. Mude o corte de cabelo, faça ginástica, leve uma dieta a sério.
Se a questão é profissional, busque fazer novos cursos e especializações.
É curioso observar como o valor que as pessoas dão a si mesmas caiu de forma proporcional ao desenvolvimento econômico e ao crescimento do bem-estar em nossa sociedade.
Por incrível que possa parecer, apesar de ainda termos no mundo miséria, fome e guerra, a humanidade nunca foi tão rica. Mesmo que a distribuição ainda deixe a desejar, nunca tivemos tantos recursos à disposição. Precisamos tirar proveito deles.
Há muitos jovens que, mesmo sendo brilhantes, que não conseguem compensar as frustrações da vida e chegam até a cometer suicídio. Isso pode ser causado por uma baixa autoestima. Por uma imagem ruim que a pessoa faz de si mesma. Algo que é uma doença e uma distorção da realidade.
Se achar um lixo distorce tanto a realidade quanto ser convencido demais. Temos que buscar o equilíbrio, não o outro nem o oitenta.
Uma pouca estima de si mesmo leva à depressão. Enquanto uma boa autoestima, equilibrada, nos faz confiar em nós mesmos, em nossas capacidades, sem que com isso precisemos machucar ou passar por cima de alguém.
Diferença entre arrogância e autoestima
Não precisamos nos considerar melhores do que todos para vencer na vida. Isso é arrogância ou soberba.
Autoestima é saber compreender que cada um tem seu valor pessoal. Que cada um tem sua importância no mundo e é precioso para si e para os outros seres humanos.
A soberba faz com que humilhemos outras pessoas.
A autoestima não. Nos coloca no melhor lugar possível para nós. Não em um pedestal onde pisamos nos outros.
Em muitas sociedades que chamamos de primitivas, os jovens precisam passar por testes difíceis para entrar oficialmente no mundo dos adultos.
Esses testes, também chamados de provas iniciáticas, têm a ver com a capacidade de administrar a dor ou o medo e alguns parecem absurdos para nós, como por exemplo andar em cima de brasas.
Mas são provas que servem para desenvolver a segurança interna do indivíduo. Que entra na vida adulta confiança em si mesmo sem por isso desmerecer ninguém. Afinal, todos os adultos passaram pela mesma iniciação, não só ele. Todos têm o mesmo valor.
Mesmo na sociedade atual, as pessoas devem se conscientizar de seu valor e de suas capacidades. Somente assim se tornarão seres humanos conscientes e sem problemas relacionados à valorização de si mesmo.
Características de quem tem boa autoestima:
Nas pessoas que têm boa autoestima, costumamos encontrar:
Facilidade em aceitar mudanças e em mudar de ponto de vista. Isso não significa ser volúvel, mas ser flexível, sentir empatia e aprender com as vivências dos outros. Se você se fecha no seu mundo, sua autoestima tende a ser baixa.
Capacidade de lidar bem com pontos fracos: os defeitos não são vistos como algo que provoca desespero, ansiedade ou desânimo. Os fracassos não geram uma revolta prolongada. As pessoas com boa estima de si mesmas não ficam se vitimizando.
Confiança em si mesmo: as pessoas que não sofrem deste problema não se deixam abalar pelo julgamento alheio. Trabalham em si e seguem em frente. Extraia o melhor das críticas construtivas e deixe as puramente destrutivas para trás.
Capacidade de tomar atitudes: pessoas conscientes de seu próprio valor são seguras e não ficam resmungando o tempo todo. Elas agem.
O cuidado consigo mesmo: as pessoas conscientes de sua importância cuidam de si mesmas. Tanto de sua saúde como de seu espírito. Não são pessoas largadas. Estudam, cuidam da alimentação, se atualizam e se informam sobre o mundo.
A capacidade de lidar bem com a solidão: por fim, por terem aprendido a se apreciar e se amar, as pessoas autoconfiantes sofrem menos com a solidão.
Elas gostam da companhia do outro, mas não dependem do outro. Têm menos pressa e ansiedade em encontrar um parceiro amoroso, quando não têm um. Procuram entender quem precisa se afastar.
Até porque têm confiança em seu poder pessoal e sabem que, mais cedo ou mais tarde, encontrarão outra pessoa tão interessante quanto a que perderam. Ou então a pessoa que se afastou voltará mais madura do que antes e pronta para melhorar o relacionamento.
Teorias sobre a autoestima
Muitas teorias mais antigas sugeriam que a autoestima é uma necessidade ou motivação humana básica. O psicólogo americano Abraham Maslow incluiu a autoestima em sua hierarquia das necessidades humanas.
Ele descreveu duas formas diferentes de “estima”: uma a necessidade de respeito dos outros na forma de reconhecimento, sucesso e admiração; e a outra a necessidade de respeito próprio na forma de amor-próprio, autoconfiança, habilidade ou aptidão.
Acreditava-se que o respeito dos outros era mais frágil e facilmente perdido do que a autoestima interior.
De acordo com Maslow, sem a realização da necessidade de autoestima externa, os indivíduos serão levados a buscá-la e podem se tornar incapazes de crescer e obter uma verdadeira realização. Maslow afirma ainda que a expressão mais saudável de autoestima “é aquela que se manifesta no respeito que merecemos pelos outros. Isso é mais importante do que renome, fama e bajulação”.
As teorias modernas de autoestima exploram as razões pelas quais os humanos são motivados a manter uma alta consideração por si mesmos.
De acordo com a Teoria da gestão do terror, a autoestima tem uma função protetora e reduz a ansiedade sobre a vida e a morte.
Carl Rogers (1902–1987), um defensor da psicologia humanística, teorizou que a origem dos problemas de muitas pessoas é que elas no fundo se desprezam e se consideram inúteis e incapazes de serem amadas.
É por isso que Rogers acreditava na importância de dar aceitação incondicional a um paciente e, quando isso era feito, poderia melhorar a sua autoestima do cliente.
Em suas sessões de terapia, ele oferecia sempre uma consideração positiva.
O conceito de autoestima é abordado desde então na psicologia humanística como um direito inalienável de cada pessoa, resumido na seguinte frase:
“Todo ser humano, sem exceção, pelo simples fato de ser, é digno do respeito incondicional de todos os demais; ele merece estimar-se e ser estimado.”
Ansiedade e autoestima.
Qual é a relação entre estes dois problemas?
A verdade é que, quando por acaso entramos em um círculo de ansiedade em relação a uma situação, geralmente nos percebemos como inadequados, errados e incapazes de lidar com as demandas (às vezes desafiadoras) do ambiente.
Existe o risco de desenvolver pensamentos disfuncionais, emoções negativas e comportamentos de fuga, que quebram a confiança em nós mesmos.
Baixa autoestima – menos felicidade
Pessoas com baixa autoestima vivenciam menos felicidade, são pessimistas e apresentam menor dose de motivação do que aquelas que apresentam autoconfiança e valorizam a si mesmas.
Há também, como mencionamos acima, uma associação com níveis mais elevados de ansiedade. Quem sofre deste problema evita enfrentar as tarefas mais difíceis e acaba sabotando a si mesmo (a) por medo de errar.
Já os que não sofrem com isso, pelo contrário, consideram as novas experiências uma oportunidade! E é assim que você deveria considerar as coisas.
Mas como se fortalecer e superar complexos de inferioridade e limites autoimpostos?
Como fortalecer a sua autoestima
Desenvolver a autoestima significa desenvolver seu poder pessoal.
É como um despertar de um longo sono cheio de pesadelos, que são nossos medos e inseguranças que nos impedem de acreditar plenamente em nós.
Aqui vamos dar algumas dicas para você fortalecer sua autoestima. Que você pode melhorar ainda mais através da ajuda profissional de um bom terapeuta.
Para começar, de qualquer forma, temos que falar de autoaceitação. Não adianta você ser inconformista ou revoltado. A realidade está aí e ela não vai mudar simplesmente porque você quer se primeiro você não mudar a si mesmo.
Só podemos influenciar a realidade se primeiro influenciamos positivamente a nós mesmos. O que está acima é como o que está embaixo, o que está dentro é como o que está fora. O Hermetismo nos ensina isso.
Olhe para o seu corpo e ame-o. Você vai encontrar defeitos, mas todos nós temos defeitos. Abrace-se. E com relação ao que dá insatisfação a você, busque melhorar aos poucos, mas você não é pior do que ninguém porque está muito acima ou muito abaixo do seu peso ideal.
Não se deixe esmagar pelas pressões da sociedade. Seja você mesmo/a (claro que sempre respeitando o próximo) e não se condene nem cultive o desprezo por mesmo. Não há nenhuma razão para você se desprezar: você é um ser humano tão digno quanto todos os outros milhões que vivem na Terra. Mas provavelmente falta autoestima para você.
Para melhorar sua autoestima, você precisa melhorar sua autoconfiança. Cultive uma postura positiva em relação ao seu desempenho no que faz. Acredite no seu potencial e faça o que precisa ser feito. Não deixe para depois o que você pode fazer hoje. E aquilo que não puder fazer hoje programe para fazer o quanto antes.
Se errar, tente de novo. Todos erramos e aprendemos através do erro. Repetimos: não se condene. Não remoa. Aprenda com o erro.
Algo importante para desenvolver sua autoestima é aproveitar as lições que os erros nos ensinam. Graças a elas, vamos errando cada vez menos e ficando mais confiantes. Nossa competência social melhora.
Não se isole, busque novos contatos. Através da troca de ideias e experiências, encontrará pessoas que valorizarão o que você faz, o que também irá melhorar sua autoestima.
Trabalhe sua empatia, ouça, e assim perceberá que não é o único que sofre. Sua baixa autoestima também pode estar relacionada a uma pouca compreensão do sofrimento alheio. Portanto, fique atento a uma regra de ouro: ame e assim também será amado! Se não amar, a si mesmo e ao próximo, dificilmente conseguirá obter o amor e a felicidade que tanto busca.
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Gratidão, paz e luz