outubro 22, 2018

A Árvore da Vida: a origem e o significado desse símbolo

Conhecida na literatura cristã e judaica através da Bíblia, a Árvore da Vida fornecia a imortalidade por meio de seus frutos.

No relato no livro sagrado, conta-se que Deus havia colocado ela e a Árvore do Bem e do Mal no Éden. E que após Eva e Adão cometerem o pecado de comer do fruto proibido eles perderam o direito à vida eterna e a comer os frutos da imortalidade.

O símbolo da Árvore da Vida é muito popular e sua origem ainda é desconhecida.

Ele está em bijuterias, amuletos, brasões, agendas, paredes, quadros e tatuagens.arvore-da-vida

Alguns estudiosos acreditam que a Árvore da Vida é uma adaptação judaica de símbolos já presentes entre os povos antigos.

No Egito, encontramos o sicômoro sagrado e o Djed, que desempenham um papel importante no esoterismo egípcio.

Outras Árvores da Vida

Outras Árvores da Vida existiam, por exemplo, na tradição mesopotâmica de Elam, fazendo sempre referência à simbologia da árvore, relacionando-a com o universo.

Sob nomes diferentes, a mesma percepção se estabeleceu em diferentes culturas: a Árvore da Vida é chamada de Asvattha na Índia; temos a Árvore Boddhi (também conhecida como Bo) ou a figueira budista; a Árvore do mundo Yggdrasil dos povos nórdicos, que contém em si diferentes mundos, diferentes planos da realidade, a Asherah original dos assírios.

As culturas fenícia, japonesa, persa, maia e azteca também conheciam e utilizavam o símbolo para representar força e capacidade de ultrapassar dificuldades.

O Cristianismo, durante seus primeiros anos, associou este símbolo também à cruz de Jesus e por consequência ao seu martírio e à sua Ressurreição.

O simbolismo da Árvore

As árvores crescem durante vários anos, passando por diversas fases, do mesmo modo que nós humanos.

Com as raízes fixas no chão, a árvore precisa de ar e água para respirar. Assim como nós precisamos de bases sólidas para o nosso sustento.

Além disso, seus troncos crescem em direção ao céu e seus ramos espessos em folhagens representam bem os múltiplos caminhos que temos que escolher e percorrer ao longo da vida até chegar o momento em que vamos seguir em direção ao céu.

A Árvore da Vida representa imortalidade e fecundidade. É associada ao princípio da vida, à criação do universo, à ligação entre o submundo, a terra e o céu.

As raízes são o que ainda somos no passado, o que nos dá solidez, o que nos permite crescer e prosperar.

São, portanto, a representação da família, dos afetos, de tudo o que nos precedeu, dos nossos valores e das nossas reservas.

O tronco, parte central da árvore, representa mais do que qualquer outra parte da árvore o caminho de elevação da terra ao céu, como também a força que ano após ano devemos aplicar para enfrentar as armadilhas da vida.

O tronco precisa ser robusto e resistente, pois serve para aguentar o peso da copa e todos os seus anexos.

As folhas são o futuro, verdes e cheias de esperança, que se estendem para o céu e enriquecem a própria árvore com força vital.

Os frutos, raros e por isso ainda mais preciosos, são as novas vidas que o mundo recebe e que dependem em todos os sentidos da árvore.

A árvore é associada a: equilíbrio, sabedoria, vitalidade, ligação entre o céu e a terra, imortalidade, expansão, elevação, purificação, criação, fecundidade, nutrição, conhecimento, abundância e crescimento.

A Árvore da Vida no Antigo Testamento

Conta-se no Antigo Testamento da Bíblia, na parte do Gênesis, que o primeiro casal de seres humanos – Adão e Eva – se alimentavam dos frutos desta árvore.

No entanto, após eles comerem os frutos de outra árvore (a do bem e do mal), eles se tornaram mortais e foram expulsos do paraíso.

Deus colocou anjos querubins para guardar a entrada do jardim do Éden com espadas de fogo nas mãos e assim impedir o acesso dos dois à árvore dos frutos da imortalidade.

Uma passagem bíblica cita a forma como a árvore estava localizada: “No meio da sua praça e de ambos os lados do rio, estava a Árvore da Vida, que produz doze frutos, dando seu fruto, de mês em mês, e as folhas da Árvore são para a cura das nações.”

Ainda de acordo com a Bíblia, a mesma árvore é mencionada no livro que fala sobre o Apocalipse.

Há a referência sobre ela estar na cidade de Jerusalém e que será a salvação da humanidade garantindo a imortalidade novamente aos seres humanos.

A Árvore da vida na Cabala

Deve-se notar que a Árvore Sephirótica, representada pela Cabala Judaica, apareceu apenas no terceiro século de nossa era nas escolas rabínicas.

E é mais globalmente no século XIII que seu conceito se expande, mais particularmente nas escolas do sul da França e da Espanha.

Se as formas diferem de uma cultura para outra, o pano de fundo e a essência permanecem as mesmas.

A Árvore da Vida cabalística pode ser vista como a representação do processo de criação que Deus coloca em ação, tanto no Macrocosmo, que é o Universo, quanto no Microcosmo, que é o Ser Humano.

Essas energias ou poderes criativos emanam do Criador, a partir da essência infinita conhecida como Ein Sof.arvore-da-vida-na-cabala

Esta Árvore da Vida é igualmente empregada na magia hermética.

O processo de treinamento então é o do ato mágico, que considera o papel específico de uma Sephirah em um ato mágico, ou seja, em um ritual.

O mago busca se conectar com cada Sephirah e sentir sua energia, ativando pela invocação o poder que é associado a cada esfera.

As Sephirot (cujo singular em hebraico é Sephirah, que significa “número”) são esferas cada uma com uma característica da Criação de Deus.

A mais elevada e próxima da essência divina, à Realidade superior, é Kether.

A mais baixa é Malkuth, o Reino (o nosso mundo, de certa forma).

A Árvore da Vida na mitologia nórdica

Segundo a mitología nórdica, a Yggdrasil (corresponde à Árvore da Vida, a Árvore do Mundo) está subdividida em Nove mundos ou universos. São eles:

Midgard:

O mundo dos seres humanos. Considerado a Terra do Meio, é onde as pessoas vivem, é o nosso mundo, que inclui também os animais que conhecemos.

Asgard:

O mundo dos Aesires, a principal categoria dos deuses nórdicos, como por exemplo Thor e Tyr. Odin é seu rei. Em Asgard também ficava o Valhala, o “Paraíso” dos nórdicos, para onde iam os guerreiros honrados que morriam em batalha.

Vanaheim:

O mundo dos Vanires, os deuses da fertilidade. Não por acaso é representado por Ingwaz, a runa da semente.

Helheim:

Um mundo sombrio, regido pela deusa infernal Hel. Corresponde em parte ao nosso conceito de Inferno. A palavra inglesa para Inferno, Hell, vem desse mundo e da sua deusa.

Svartalfheim:

O mundo dos elfos negros.

Alfheim:

O mundo dos elfos da luz. Também por isso é representado por Dagaz, a runa do dia.

Jotunheim:

O mundo dos Trolls, os gigantes de pedra e gelo.

Niflheim:

O mundo de gelo eterno e das névoas.

Muspelheim:

O mundo de fogo. Lar dos gigantes do fogo. Um deles, Surt, destruirá o mundo durante o Ragnarok, o Apocalipse nórdico.

Como outros povos utilizam esse símbolo?

Como foi dito no início do texto, o símbolo da Árvore da Vida é muito popular e sua origem ainda é desconhecida.

Diversas culturas, como a greco-romana e a japonesa, a utilizavam como símbolo em seus ritos. No Brasil, ele é muito utilizado em tatuagens.

Na cultura celta

a árvore era um símbolo de proteção utilizado por monges. Ele também faz parte da astrologia Celta, na qual cada signo tinha a representação de uma árvore.

Era comum que os Celtas realizavam seus rituais em bosques (onde acreditavam ser o conjunto de árvores sagradas).

O povo celta acreditava que as árvores possuíam alma e que os bosques eram templos nos quais se realizavam festas e cerimônias.

Os Assírios

Os Assírios tinham em sua simbologia sagrada diversas árvores com propriedades divinas. No entanto, a Árvore da Vida desse povo, a Asherah, era a mais cultuada.

Segundo a mitologia assíria, a árvore está ligada à deusa mesopotâmica Ishtar, que representa a fertilidade e a destruição (ou seja, a árvore nasce quando a serpente morre, a vida depende da morte). A Mesopotâmia ficava onde hoje está o Iraque.

Na história de Buda

Siddharta Gautama atingiu a iluminação enquanto meditava debaixo de um Ficus religiosa. A que ficaria conhecido como Árvore Bo ou Bodhi.

De acordo com textos budistas, o Buda meditou sem sair se levantar durante sete semanas (49 dias) debaixo desta árvore. Um santuário, chamado Animisalocana Cetiya, mais tarde foi construído no local onde ele estava sentado.

Caso se interesse, você pode ler mais sobre budismo aqui em nosso blog:

Budismo

Na cultura chinesa.

Os chineses, por fim, abordam a árvore de forma diferente. Segundo suas tradições, existem sete árvores e somente uma delas, a Jade, possuía o fruto da imortalidade.

Outros nomes da Árvore da Vida

A Árvore da Vida recebe também outros nomes: Árvore Celeste; Árvore do Mundo (a Yggdrasil nórdica de que falamos antes); Árvore Cósmica; Árvore do Esclarecimento; e Árvore do Conhecimento.

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Gratidão, paz e luz


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