Câncer e nutrição
Você pode combater o câncer também através de uma atenção especial à alimentação. Se a sua dieta é rica em gordura e açúcar e pobre em vitaminas, é bom começar a ficar atento.
Para combater o câncer é indicado também investir na nutrição.
O Instituto Ludwig de Pesquisa do Câncer, ligado à Universidade e Oxford, desenvolveu pesquisas que ligam a falta de bons nutrientes a uma maior agressividade das células tumorais, o que aumenta as chances de uma metástase.
A desnutrição não é nada rara nos pacientes oncológicos e a sua intensidade varia de acordo com onde câncer está situado.
Nas neoplasias malignas de câncer na cabeça e pescoço, aproximadamente 40% dos pacientes estavam desnutridos antes do diagnóstico ser efetuado e do tratamento começar.
Que alimentos podem nos ajudar a combater o câncer e o estado de debilidade do organismo que costuma existir antes da doença se manifestar?
Vamos aqui ver três!
1. O alho para combater o câncer
O alho não é tão somente um tempero que melhora o sabor dos pratos.
Ele é uma planta que possui potentes propriedades antibióticas e antifúngica.
Sua origem se perde na memória do tempo.
Os registros mais antigos datam de 3000 anos A.C, no antigo Egito: o alho era parte integrante da dieta diária – em especial dos construtores das pirâmides, para aumentar a força e manter a saúde – e bulbos de alho perfeitamente preservados com origem naquela época já foram encontrados.
O texto de referência médica daquele período, o Papiro Ebers (https://pt.wikipedia.org/wiki/Papiro_Ebers), relatava o uso do alho para abscessos, mal-estar geral e contra insetos e parasitas.
Mesmo na Grécia antiga, o alho estava associado ao aumento da força e da resistência à fadiga, tanto que era parte integrante da dieta dos militares.
Mesmo durante as Olimpíadas, os atletas comiam alho antes das competições.
Hipócrates (século IV aC), pai da medicina, incluiu o alho entre seus remédios terapêuticos para doenças pulmonares, e como purgante e para dores abdominais.
Bulbos de alho foram descobertos nas escavações do Palácio de Knossos, em Creta. Datam de 1800 A.C.
Soldados e marinheiros usavam alho para aumentar a resistência à fadiga mesmo na Roma antiga. Dioscórides, um médico grego que viveu em Roma na época de Nero (século I D.C), em seu tratado De materia Medica, recomendava o alho para manter as artérias limpas.
Deve-se notar que na época pouco ou nada se sabia sobre a circulação sanguínea: a ideia de que o alho poderia melhorar a saúde do sistema cardiovascular tem, portanto, origens muito antigas.
Dioscórides também recomendou alho para distúrbios gastrointestinais, picadas de insetos e dores nas articulações.
Plínio, o Velho, em sua Historia Naturalis, relaciona até 23 usos terapêuticos possíveis do alho, incluindo proteção contra infecções e toxinas. Também é considerado um remédio para picadas de escorpião e até mesmo para tratar a epilepsia.
O conhecimento e o uso desta planta têm origens antigas, mesmo em partes do mundo muito distantes da Europa e do Oriente Próximo: em 2000 A.C. o alho era amplamente utilizado na China e era parte integrante da nutrição diária; também era usado como conservante de alimentos.
Na Medicina Tradicional Chinesa, o alho é prescrito como um tônico para o sistema respiratório e digestivo – especialmente no caso de diarreia ou infecções parasitárias – e como antidepressivo.
Na Índia, a medicina ayurvédica fez uso extensivo do alho já há 2.000 anos como planta curativa para várias doenças, incluindo artrite, doenças cardíacas, infecções parasitárias, problemas digestivos, fraqueza e fadiga.
Na Idade Média, Hildegard von Bingen (século XII) – uma estudiosa monja beneditina alemã, declarada Doutora da Igreja pelo Papa Bento XVI – atribuiu um papel central ao alho nas ervas medicinais.
E pela primeira vez houve diferenciação do alho cru do alho cozido, alegando a maior eficácia terapêutica do primeiro em comparação com o segundo.
A Escola Salernitana (séculos X-XIII) – precursora medieval das modernas faculdades de medicina – indicava o alho como um “alimento quente”, a ser consumido no inverno para prevenir distúrbios respiratórios e doenças pulmonares.
O alho foi amplamente usado contra a Peste Negra, que assolou a Europa em meados de 1300, matando um terço da população do continente.
No Renascimento, a crescente atenção às ervas medicinais em toda a Europa levou ao nascimento de jardins botânicos onde o alho encontrou um local de prestígio.
Uma curiosidade: dizem que Henrique IV da França (século XVII) foi batizado com água e alho porque se acreditava que assim estaria protegido de maus espíritos e doenças.
Por fim, nos tempos modernos, Louis Pasteur, químico e biólogo francês do século XIX, considerado o fundador da microbiologia moderna, estudou as propriedades do alho e demonstrou pela primeira vez sua função antisséptica, testando sua eficácia em culturas bacterianas.
Ao longo dos anos, o alho tem recebido considerável atenção quanto aos seus possíveis efeitos benéficos para o sistema cardiovascular, em particular para a redução da pressão arterial em casos de hipertensão e dos níveis de colesterol, ambos considerados importantes fatores de risco.
Além disso, parece que o alho também atua como um agente antiplaquetário, reduzindo o risco de formação de trombos.
Mas por que seria um nutriente anticâncer?
Segundo estudo (https://www.nhpr.org/post/will-eating-garlic-and-onions-help-prevent-cancer#stream/0) publicado pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, em 2002, o risco de homens que comem mais alho desenvolverem câncer de próstata é 50% menor que dos que quase não comem esta planta.
Foram estudadas as dietas de 230 homens com câncer de próstata e de outros 471 que não apresentavam a doença.
Aqueles que comem mais de dez gramas de alho têm menos chances de desenvolver a doença.
Como consumir o alho?
Você já deve ter visto gente ingerindo alho enquanto toma um copo d’água para facilitar a ingestão.
Esse método antigo não está de todo errado, até porque as propriedades do alho são melhor aproveitadas com ele cru.
No entanto, para que ele as libere plenamente, convém macerá-lo.
Você pode consumi-lo puro de manhã, adicionando uma pequena colher e mel e limão para que não ataque muito o estômago.
Também é uma boa pedida comê-lo cru na salada.
2. O ovo para combater o câncer
O ovo também é um ingrediente valioso que pode tanto ser empregado na prevenção do câncer como pelos pacientes oncológicos, sendo uma ótima fonte de gordura e proteína.
Ele é fonte de vitamina D e colina, o que previne o envelhecimento, isso além de ser nutritivo e ajudar na sensação de saciedade.
É verdade que nos últimos tempos encontramos quem fale bem e quem fale mal do ovo.
Mas pode-se dizer que é sim um alimento bastante seguro segundo as pesquisas mais recentes.
Ovos podem ser consumidos todos os dias.
Mas evite consumi-los crus, apesar da propaganda feita por alguns filmes de esportes!
O ovo cru aumenta o risco de infecção por salmonela.
Prefira ovos cozidos, e consuma de manhã. São uma boa maneira de assegurar energia por todo o dia, e ajudam você a diminuir o consumo de carboidratos, pela saciedade de que falamos acima. E reduzir os carboidratos aumenta suas chances de não ter câncer.
Assim, você dá um descanso ao seu pâncreas.
3. O gengibre para combater o câncer
O gengibre é o terceiro grande ingrediente natural que ajuda na prevenção e no tratamento do câncer.
Mas por que ele é um alimento anticâncer?
Em 2016, alguns pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) (http://www.labi.ufscar.br/2017/02/15/ufscar-testa-substancia-do-gengibre-para-tratamento-de-cancer-de-mama/) observaram que substâncias isoladas do gengibre conseguem inibir o crescimento de tumor primário de mama, e também bloquear metástases para cérebro, ossos e pulmão.
Além de ser um antisséptico e um anti-inflamatório poderoso, o gengibre ainda aumenta a imunidade
Sendo termogênico, também acelera o metabolismo e reduz as náuseas.
Além de tudo, é bastante versátil como ingrediente. É possível consumir até 10 gramas dele em sucos, chás, bolos, sopas.
Também pode ser usado para dar sabor em carnes, temperando seu frango ou seu peixe.
Como pode ser consumido em pequenas quantidades, tende a durar bastante e assim não dói no bolso como outros alimentos!
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